Agência Jornal de Notícias
Joângelo Custódio
A crise econômica que atola o país num lamaçal perpétuo acaba de surrupiar a honra de 200 trabalhadores em Sergipe. Isso porque a tradicional Santista Indústria Têxtil, localizada às margens da BR-101, no povoado Taboca, município de Nossa Senhora do Socorro, anunciou que vai fechar as portas nos próximos dias. Os empregados assinaram hoje (14) a carta de rescisão trabalhista, em meio a choros e perplexidades.
Em nota divulgada à imprensa, a Santista, como era de se presumir, justifica o intragável aviso prévio: crise econômica que assola o país e que vem acarretando na queda das vendas e na produção do polo industrial em terras sergipanas.
Com isso, ainda segundo a nota, as atividades vão ser transferidas para a cidade de Tatuí, interior de São Paulo, onde há uma sede da Santista.
Pela manhã, cinco ônibus e um micro-ônibus foram utilizados para levar os trabalhadores para casa, num clima desolador.
2ª vez
Essa não é a primeira vez que a fábrica encerra suas atividades em Sergipe. Em 2008, mais de 400 funcionários foram demitidos.
Direitos Resguardados
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Sergipe (Sinditêxtil), Dilson Gama, que também trabalha na Santista, pede calma aos colegas nesse momento nebuloso. Ele recomenda que os companheiros utilizem a Justiça do Trabalho para orientar o que eles vão perder ou ganhar, de forma financeira, com o fechamento da Santista.
Desemprego em Sergipe
No primeiro trimestre de 2016, a taxa de desemprego em Sergipe fechou em 11,2%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, que foi o último de 2015, a taxa subiu 1,3 pontos percentuais. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação aos três primeiros meses de 2015, a taxa subiu 2,6 pontos percentuais.
