Começou nesta terça-feira (1º) a segunda fase da vacinação contra a febre aftosa em Sergipe. A Empresa de Desenvolvimento Agrário de Sergipe (Emdagro) espera vacinar 540 mil bovinos e bubalinos (búfalos), com até 24 meses de vida, até dia 30 de novembro. Após a vacinação, o criador precisa encaminhar o relatório de vacinação para a Emdagro até o dia 10 de dezembro.
Em maio, ocorreu a primeira etapa da vacinação, na qual foram imunizados 1,1 milhão de bovinos. Para a Diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Salete Dezen, o compromisso de todos é ainda maior, já que Sergipe é zona livre de aftosa há 21 anos. “Devemos ter uma atenção redobrada para que nada possa comprometer a comercialização internacional de carne bovina. Os criadores sergipanos são muito conscientes de suas responsabilidades e cumprem seu dever rigorosamente todos os anos”, disse.
Dezen ressaltou que Sergipe mantém um índice superior a 95% de animais imunizados. “Estamos acima do índice estipulado pelos órgãos internacionais. Nesses últimos anos, a Emdagro vem mantendo o índice superior a 95% de animais imunizados. Isso garante nos garante o status de área livre, ou seja, podemos realizar o comércio de animais vivos, produtos e subprodutos de origem animal com os demais estados da federação, bem como para outros países”, frisou, acrescentando que, somente os produtores com cadastro regularizado, poderão fazer a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento necessário para o livre comércio dos animais vivos entre os demais estados da federação.
As vacinas estarão disponíveis em todos os estabelecimentos de produtos agropecuários cadastrados e devem ser adquiridas pelo criador. O preço varia entre R$ 1,60 a R$ 2,00.
Aftosa
A Febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que ataca todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos. Dá-se em todas as idades, independente de sexo, raça, clima, dentre outros. O vírus se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante as fases iniciais da enfermidade, quando o animal é muito contagioso.
A aftosa, além das mortes, também causa prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes produtores. Os animais, em consequência da febre, sofrem com perda de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva.
Fonte: ASN