Atendendo a uma solicitação do Ministério Público Federal (MPF), a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Aracaju (Semasc) iniciou nesta quinta-feira (19), o cadastramento das 468 famílias que ocupam o empreendimento Vida Nova, no bairro Santa Maria.
Os dados coletados serão utilizados inicialmente para o cruzamento de informações com o cadastro de habitação realizado pela gestão anterior e também para que as famílias sejam acompanhadas e encaminhadas aos Centros de Referência da Assistência Social das suas comunidades de origem.
Para a diretora de Proteção Social do Suas, Inácia Batista, o cadastramento é uma oportunidade para que a assistência social possa iniciar um diálogo com as famílias. "É a partir dessa coleta de dados que teremos uma aproximação com essas pessoas, é um meio para que conheçamos suas realidades e vivências".
Antônio dos Santos é pedreiro, está na ocupação há oito meses e viu com bons olhos a presença da equipe da Semasc. "Nós aceitamos a chegada dos técnicos porque é um apoio pra gente. Eles nos apoiam e nós os apoiamos. O prefeito Edvaldo Nogueira está cumprindo com a missão dele, que é nos cadastrar, procurar saber como está a nossa vida. Nós ocupamos porque necessitamos."
Luana de Jesus Dias coordena o CRAS Jardim Esperança, no bairro Inácio Barbosa, e ficou muito feliz com a recepção das famílias que ocuparam o residencial. "Tudo correu na maior tranquilidade, as famílias nos receberam muito bem. Eles entendem que o cadastro é para priorizá-los e, por isso, nos receberam de braços abertos", comemora.
A coordenadora de benefícios assistenciais e complementares. Semasc, Iolanda Santos, reforça a importância da atuação da Semasc em atender a solicitação do MPF à prefeitura de Aracaju, já que ela foi feita há mais de seis meses e foi cumprida apenas na nova gestão. "Nós sabemos que é uma atribuição do município fazer o cadastramento dessas famílias que moram em habitações subnormais, é o nosso papel. É muito importante desempenharmos de forma séria o que está no escopo do nosso trabalho, porque se a prefeitura é negligente em suas atribuições, quem sofre é a população".
O cadastramento das famílias foi realizado por 40 técnicos da sede da prefeitura e de coordenações de Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especial de Assistência Social (CREAS) além do apoio de dez Guardas Municipais. O processo de desocupação dos imóveis será gerenciado pela Caixa Econômica Federal, que moveu uma ação judicial para a reintegração de posse das casas.
Fonte: Ascom Semasc