No último ano, o setor de panificação e confeitaria no Brasil registrou um aumento de 2,7%, com faturamento aproximado de R$84 bilhões, segundo estudo do Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC). Os avanços e novidades deste segmento foram discutidos nesta quinta-feira (27), no Seminário de Pães Especiais, que contou com a presença de empresários, estudantes e profissionais do ramo, em Aracaju.
Na oportunidade, foram apresentados indicadores e tendências do mercado de panificação, bem como o impacto da tributação nos pequenos negócios do setor. De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), Giovani Mendonça, a ampliação da produtividade e a diminuição do custo operacional ainda são desafios dos negócios de panificação.
“O panificador deve entender que pode crescer em termos de inovação e tecnologia, ampliando a produtividade de sua equipe e reduzindo custos. Nessa última década, o setor deu um salto em competências, além de ser um grande empregador. O segmento de panificação emprega diretamente em torno de 900 a 1 milhão de trabalhadores. É uma atividade que assimila muito bem a inovação”, explica Giovani.
Tributação
O conhecimento permanente sobre a legislação tributária municipal, estadual e federal é fundamental na rotina produtiva do empreendedor do ramo da panificação. Neste sentido é importante acompanhar, periodicamente, o cumprimento das obrigações fiscais e acessórias.
O vice-presidente do ITPC, Emerson Amaral, alerta que a tributação é um assunto que demanda atenção do empresário. “Não é novidade que o volume de impostos incidentes do setor de panificação é elevado. Diante disso, há uma necessidade do empresário se organizar, não só no conhecimento da legislação tributária, mas também no aumento de sua produtividade, para que assim ele consiga cumprir com todas as obrigações que são impostas”, esclarece.
Rede de relacionamento
O seminário também contou com as palestras dos empresários Mansur Kauark, da Moinho Dias Branco, e Fernanda Alcântara, da Souza Cruz, além da degustação de produtos ao final do evento.
“Tivemos a presença de estudantes e profissionais da área, num momento de debates e troca de conhecimentos que, sem dúvida, refletirá no avanço das panificações de Sergipe como um todo”, avalia o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Sergipe (Sindipan/SE), Antônio Carlos Francisco.
Segundo o analista do Sebrae em Sergipe, Thiago Oliveira, o evento foi uma oportunidade da classe de panificadores estreitarem relações e estarem ainda mais unidos na resolução de conflitos na atividade.
“O empresário precisa de conhecimento e esse evento oferece um entendimento que, talvez, ele não teria se tivesse no chão de fábrica, na sua panificadora. Isso é importante porque cria-se uma rede de relacionamento entre os próprios panificadores, para que eles possam, entre si, resolver problemas do setor de forma mais harmônica”, afirma o analista.
O jovem Abel Passos Neto imergiu recentemente no ramo das panificações e acredita que é preciso estar atento às novidades e as demandas que o mercado exige. “Meu avô já atua há muito tempo no segmento de panificação e é importante dar continuidade a esse trabalho de forma responsável, a partir do conhecimento da legislação, das rotinas produtivas e outras questões”, observa o empresário.
Fonte: Ascom Sebrae