ARACAJU/SE, 20 de novembro de 2024 , 11:37:52

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Seminário sobre ancestralidade africana em Sergipe celebra 40 anos do Arquivo Judiciário

 

Como parte das celebrações do seu aniversário de 40 anos e em referência ao Dia da Consciência Negra, o Arquivo Judiciário do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE) realizou nesta terça-feira, 19 de novembro, o seminário “Entre os nascidos na Terra, os vindos de além-mar: designações africanas no plantel escravagista de Sergipe Del Rey (1800-1840)”. A apresentação é fruto da pesquisa do estudante Erike Correia, pesquisador da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e estagiário do Arquivo, que buscou nos inventários judiciais post mortem do acervo da instituição as origens dos povos escravizados que vieram para o estado.

“É uma oportunidade única de celebrar os 40 anos do Arquivo Judiciário e valorizar o Dia da Consciência Negra no país, prestigiando ainda o trabalho do nosso colaborador”, comemorou a chefe do Arquivo, Maria Assunção Ribeiro de Paula.

“Nos últimos anos, o tema da Sergipanidade foi ganhando força, o que nos torna sergipanos, com nossas questões culturais que são muito permeadas por estas afrossergipanidades em manifestações folclóricas como o Cacumbi, o Lambe-Sujo, dentre tantas outras”, explicou o pesquisador Erike Correia, que buscou o tema das escravarias nos inventários post mortem do início do século XIX em Sergipe, que estão disponíveis no Arquivo.

O analista judiciário Apoena Aguiar Ferreira ressaltou que o trabalho apresentado demonstra a função social do Arquivo “não só para armazenar a história dos arquivos antigos, mas para produzir conhecimento sobre as nossas origens. O trabalho de digitalização dos processos e a disponibilização para o público externo vão potencializar ainda mais todo o material que temos aqui”, afirmou.

Além da apresentação do trabalho, o Arquivo Judiciário realizou uma mesa-redonda, nesta terça-feira (19), com os servidores para discutir o contexto histórico e social dos documentos expostos, além do papel dos arquivos institucionais na preservação da memória coletiva.

Fonte: TJ-SE

Fotos: Raphael Faria – Dicom/TJ-SE

 

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