Da redação, AJN1
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (26), a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), referente ao ano de 2019. O estudo investigou a proporção de pessoas de dois anos ou mais com algum tipo de deficiência. Na análise, Sergipe apresentou o maior percentual do país de pessoas com deficiência (12,3%), seguido da Paraíba (10,7%) e Ceará (10,6%). Este percentual é acima da média brasileira (8,4%). No país, o menor percentual foi registrado no Distrito Federal, com
5,2%.
Ainda conforme o estudo, por faixa etária, foi possível constatar que 35% das pessoas com 60 anos ou mais têm alguma deficiência, seguido de 17,1% com 40 a 59 anos e 7,4% com 30 a 39 anos. Este percentual também foi maior entre mulheres (14,3%) do que entre homens (10%). Por rendimento, quanto maior a renda per capita no domicílio, menor o percentual de pessoas com deficiência. Por exemplo: 15,9% das pessoas com renda domiciliar per capita de ½ até 1 salário mínimo tinham alguma deficiência, diante de 6,2% das pessoas com mais de 5 salários mínimos.
Deficiência visual
A pesquisa investigou também a proporção de pessoas de 2 anos ou mais de idade com deficiência visual e apontou que 6,2% da população em Sergipe apresentava este tipo de deficiência. Este é o maior percentual do país, estando acima da média nacional, que foi de 3,4%.
A análise revela ainda que 16,3% das pessoas com 60 anos ou mais têm alguma deficiência visual, seguido de 9,2% da população com 40 a 59 anos. A incidência deste tipo de deficiência também é maior na população preta (7,5%) do que na população branca (6,1%), assim como entre mulheres (7,2%) do que entre homens (5,1%).
Por rendimento domiciliar per capita, esta diferença também é acentuada. Foram 8,7% das pessoas sem rendimento domiciliar per capita ou com até ¼ do salário mínimo com deficiência visual, diante de 3,1% das pessoas com rendimento domiciliar per capita de mais de 5 salários mínimos.
Nível de instrução
Esta diferença também é percebida a depender do nível de instrução. Enquanto que 11,9% das pessoas de 18 anos ou mais de idade sem instrução ou com ensino fundamental incompleto tinham alguma deficiência visual, este percentual foi visto em 3,1% da população com ensino superior completo.
Neste aspecto, a pesquisa verificou a proporção de pessoas de 2 anos ou mais de idade com alguma dificuldade em suas funções que receberam algum auxílio em reabilitação de forma regular no Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos 12 meses. Em Sergipe, 54,5% das pessoas receberam, mas este foi o segundo menor percentual do Nordeste, ficando à frente somente de Pernambuco, com 53%.