Da redação, AJN1
A taxa de desocupação (19,8%), ou desemprego, teve um salto de 4,3 pontos percentuais (p.p.) no segundo trimestre de 2020 em Sergipe, quando comparação com o primeiro trimestre de 2020, e um salto de 4,5 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2019. Essa é a segunda maior taxa de desocupação entre as 27 unidades da federação, logo atrás da Bahia, que registrou 19,9%. A menor taxa de desemprego do Brasil foi registrada em Santa Catarina (6,9%). O Brasil encerrou o trimestre com uma taxa de 13,3%.
Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (28), e fazem parte dos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) referente à covid-19, uma versão especial com o objetivo de monitoramento dos principais impactos causados pela pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho e nos serviços de saúde em todos os estados do Brasil.
Conforme o estudo, o nível da ocupação (42,6%), que é o percentual de pessoas ocupadas (796 mil) no total da população com 14 anos ou mais de idade (1,867 milhão), caiu ao nível mais baixo desde o início da PNAD-C, reduzindo 6,6 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2020 e 7,6 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2019. O mesmo aconteceu com a taxa de participação na força de trabalho (53,1%), que representa o percentual de ocupados (796 mil) e desocupados (196 mil) no total da população com 14 anos ou mais de idade (1,867 milhão), uma redução de 5,2 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2020 e de 6,2 p.p. em relação ao segundo trimestre de 2019.
Força de trabalho
A força de trabalho (compreendem as pessoas ocupadas e as pessoas desocupadas nesse período) no segundo trimestre de 2020 contabilizava 992 mil pessoas, 80 mil pessoas a menos do que no primeiro trimestre de 2020 e 98 mil pessoas a menos do que no segundo trimestre de 2019. Considerando apenas as pessoas ocupadas, os contingentes são ainda maiores. No segundo trimestre de2020, eram 796 mil pessoas nessa condição, 110 mil a menos do que no trimestre imediatamente anterior e 127 mil a menos do que no segundo trimestre de 2019.
População sem emprego
Já a população desocupada ou sem emprego (196 mil pessoas), embora numericamente tenha aumentado em cerca de 30 mil pessoas em relação aos trimestres utilizados para comparação, não apresentou variação estatisticamente significativa, o que sugere que a maioria das pessoas que perderam ocupação no período não iniciou busca por emprego entre abril e junho de 2020, passando a compor a população fora da força de trabalho.
Esse contingente de pessoas fora da força de trabalho apresentou variações expressivas no segundo trimestre de 2020, alcançando 875 mil pessoas, 109 mil pessoas a mais do que em relação ao primeiro trimestre de 2020 e 127 mil pessoas a mais do que em relação ao segundo trimestre de 2019. Conceitualmente, as pessoas fora da força de trabalho nem estavam trabalhando nem haviam tomado providência para conseguir um trabalho.