Da redação, AJN1
Levantamento realizado pela empresa de consultoria MB Associados, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira (21), mostra que Sergipe é o estado do país com o pior desempenho acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2010 e 2022, com projeção estipulada em -2,2%.
Sergipe não é o único a passar vergonha, os estados de Minas Gerais (4,4), Bahia (3,4), São Paulo (3,1) e Rio de Janeiro (0,9) aparecem logo em seguida e fecham a fileira dos cinco últimos com os piores desempenhos.
“Os cincos piores estados em termos de crescimento são aqueles relacionados às estruturas tradicionais da economia, especialmente com forte base em serviços, ou que tiveram menos apoio do Estado com crescimento menor do Bolsa Família e do salário mínimo”, diz o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, acrescentando que é natural que estados mais pobres cresçam mais que os mais ricos, como os do Sudeste.
Já os cinco primeiros colocados em crescimento deverão ser Mato Grosso (41,1%), Piauí (34,5%), Roraima (28,3%), Tocantins (28,1%), Mato Grosso do Sul (28,1%).
“As novas fronteiras agrícolas que foram surgindo, especialmente na região do Mapitoba (Maranhão, Piauí Tocantins e Bahia) e que colocaram o Piauí e o Tocantins entre os 5 de maior crescimento, ajudam a contar a narrativa de desenvolvimento desses estados”, afirma Vale.
Apesar das diferenças regionais e de performance, Sérgio Vale avalia que, até o final de 2022, todos os estados conseguirão recuperar o que se perdeu com a crise da pandemia do novo coronavírus.
Agronegócio
O levantamento diz ainda que os estados cujas economias são atreladas ao agronegócio devem registrar em 2021 um crescimento maior do PIB do que o nacional e liderar a retomada da economia brasileira até 2022.
A estimativa é que 15 estados deverão ter um avanço acima da média nacional neste ano, sendo 8 deles das regiões Centro-Oeste e Norte, além de grandes produtores agrícolas do Nordeste. A estimativa de Sergipe é crescer 2,47%, ocupando a 24ª posição entre todos os estados da federação.
O maior crescimento deverá ser observado no Mato Grosso (4,97%) e o menor no Rio de Janeiro (2%). Para o PIB do Brasil a projeção é de um crescimento de 3,2%, após o tombo de 4,1% em 2020.
“A tendência que já temos visto nos últimos anos e que permanece é que estados com uma base de commodities fortes tendem a ter uma recuperação um pouco mais forte, como é o caso dos estados do Centro-Oeste especialmente”, afirma Sérgio Vale.
