Sergipe possui o vigésimo maior mercado do país para seguradoras. O dado foi passado nessa quinta-feira, 26, pelo presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira, durante Encontro Setorial das Seguradoras de Sergipe, Bahia e Tocantins, realizado em Salvador (BA), em parceria com o Sindicato das Seguradoras dos três estados (SindSeg BA/TO/SE). Já em relação ao ranking de participação na arrecadação de seguros no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, Sergipe ocupa a quinta colocação.
Embora os números sejam ainda tímidos, em consonância com o contexto nacional, o cenário é de crescimento. Em 2023, a arrecadação do seguro Automóvel em Sergipe cresceu 5,9%, em relação a 2022. Levando em conta a mesma base comparativa, a frota de veículos no estado aumentou 4,9% em 12 meses, passando de 900 mil, em 2022, para 952 mil, em 2023.
Ainda em 2023, o seguro Garantia Estendida no estado movimentou R$ 22,5 milhões, apresentando um avanço de 4,4% sobre 2022. A arrecadação continuou a avançar em 2024 e, no acumulado até junho, cresceu 18,9% com R$ 12,3 milhões em prêmios. O resultado de 2024 reflete os dados da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) do SE, divulgada pelo IBGE. O índice de volume de vendas no comércio varejista para o grupo de Móveis e eletrodomésticos cresceu 7,65% até junho. Em termos de receita, o índice apresentou alta de 6,8%.
Seguro automotivo e viagem – No ano passado, em Sergipe, a arrecadação do seguro Automóvel cresceu 5,9%, em relação a 2022. Levando em conta a mesma base comparativa, a frota de veículos no estado aumentou 4,9% em 12 meses, passando de 900 mil, em 2022, para 952 mil, em 2023. Também no ano passado, o seguro Garantia Estendida movimentou R$ 22,5 milhões, apresentando um avanço de 4,4% sobre 2022.
Proteção – Ao se referir aos estados de Sergipe, Bahia e Tocantins, Dyogo Oliveira disse que o mercado segurador dos três estados demonstra crescimento e participação relevante no cenário nacional. “Queremos com este encontro aprimorar na localidade iniciativas do setor, e que a população e governos locais possam se conscientizar sobre a necessidade de proteção social e financeira que os produtos do seguro trazem”, disse.
Segundo o presidente do Sindseg BA/TO/SE, Paulo Cézar Souza Martins, o encontro demonstra a importância da região para o mercado de seguros e suas potencialidades para o desenvolvimento socioeconômico. “Estreamos este formato em 2022, e agora, em sua nova edição, ampliamos o alcance ao envolver não apenas corretores e seguradoras, mas também jornalistas, garantindo que a relevância do seguro seja destacada para toda a sociedade”, pontuou.
Indenizações – No país, em 2023, foram R$ 467.9 bilhões em indenizações pagas, com uma arrecadação de R$ 669,5 bilhões. O grande desafio do setor é fazer o brasileiro adotar a conduta da prevenção por meio da contração de seguro. Hoje o país tem 17% dos domicílios com seguro; 10% da área cultivada é segurada; 11% da população adulta com produtos de capitalização e 28,7% da frota de automóveis segurada.
Clima – O encontro na Bahia destacou o setor de seguros como parte importante no enfrentamento aos riscos climáticos. Na mesma data da realização do evento da CNseg, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) divulgou que as perdas com incêndios causaram, de junho a agosto, um prejuízo estimado de R$ 14,7 bilhões em 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais no Brasil. A estimativa considera aspectos como perda de matéria orgânica, produção, redução na produtividade, cercas em áreas de pastagem e potássio e fósforo nas camadas superficiais do solo.
Dyogo Oliveira, reforçou a importância de empreender esforços que diminuam os riscos climáticos com auxílio do setor segurador. “Numa reunião recente com representantes estrangeiros, eles tinham uma brochura que dizia que ‘risco climático é risco de negócio’, no sentido de convencer os clientes a se proteger sobre isso. E eu falei que essa frase não está 100%. Então eu mudei um pouco e disse que ‘risco climático é negócio de risco, e risco é o nosso negócio’. Não é à toa que os chineses usam a mesma palavra para crise e oportunidade, é o mesmo ideograma’’, destacou Dyogo. Ele observou que todo o planeta já está enfrentando mudança climática e que tem crescido o pagamento de apólices relativas a incidências climáticas, como no Rio Grande do Sul.
Ainda falando sobre o clima, Paulo César disse que a indústria de seguros tem a capacidade da sustentação necessária para que se consiga realmente ter um olhar mais diferenciado para o clima, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de novas formas de ajudar o meio ambiente. ” Nesse encontro, destacando este e outros temas demonstrou quanto nós estamos integrados para desenvolver o mercado de seguros e, consequentemente, atuar na diminuição de riscos, sejam climáticos ou outros tipos”, afirmou.