ARACAJU/SE, 18 de julho de 2025 , 19:08:40

Sergipe mantém estabilização na severidade da seca em setembro

Da redação, AJN1

Em setembro foi observada a estabilidade da seca em Sergipe em comparação a agosto. Nesse período, as áreas com seca fraca, moderada e grave permaneceram respectivamente em 53%, 15% e 32% do estado. Essa condição do fenômeno em Sergipe, registrada entre agosto e setembro, é a mais branda desde janeiro deste ano, quando 22% do estado passou por seca grave. Há um ano, desde outubro de 2020, Sergipe registra seca em 100% do seu território. A análise é do ‘Monitor de Secas’, instrumento de acompanhamento regular e mensal da situação da seca no Nordeste, coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), divulgado nesta sexta-feira (5).

Considerando as quatro regiões acompanhadas pelo Monitor de Secas, o Nordeste teve a melhor condição em termos de severidade do fenômeno em setembro, já que foi a única a não ter registro de seca extrema ou excepcional – as duas mais severas identificadas pelo Monitor. Além disso, o Nordeste teve o maior percentual de território livre de seca: 11%. O Sul teve a segunda menor severidade do fenômeno no período, com 3% de seca extrema. As condições mais severas foram registradas no Sudeste e no Centro-Oeste, que tiveram respectivamente 8% e 1% de áreas com seca excepcional – a mais severa.

Situação de emergência

Embora a análise da ANA aponte para uma situação de estabilidade no nível de estiagem no Estado nos últimos meses, o governo do Estado, a pedido de prefeituras, decretou situação de emergência em 12 municípios, são eles: Frei Paulo, Monte Alegre de Sergipe, Ribeirópolis, Feira Nova, Tobias Barreto, Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Poço Verde, Nossa Senhora Aparecida e Gararu.

O Monitor de Secas

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas.

 

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