Da redação, AJN1
Como foi anunciado semana passada, os servidores que trabalham em órgãos e autarquias da administração geral do estado paralisam as atividades nesta quinta-feira (4), por tempo indeterminado.
A Categoria cobra do governo a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV), considerada a principal pauta de reivindicação, já que o assunto se arrasta há anos e o governo, segundo os servidores, repete o repetitivo discurso de que não tem condições financeiras neste momento de crise.
A greve vai afetar diretamente alguns serviços no Centro de Atendimento ao Cidadão (Ceac), como marcação de consultas pelo Ipes Saúde, emissão de carteira de trabalho, RG e pedido de seguro desemprego. Outros serviços básicos, mas que têm relevância significativa são as de merendeiras escolares, vigilância, secretarias e serviços gerais, sem eles, as aulas não acontecem.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araújo, com a implementação do PCCV e com a realização de concurso público, a categoria não estaria na iminência da greve.
“O PCCV garante qualificação profissional, melhores condições de trabalho e algumas outras garantias. Além da questão salarial que iria melhorar, porque hoje temos mais de cinco mil servidores recebendo menos de um salário mínimo. Hoje temos um déficit e uma sobrecarga enorme”, explica.
Ainda segundo Diego, todas essas reivindicações poderiam ser resolvidas se o governador Jackson Barreto tivesse "boa vontade'.
“Falta é vontade do governo. Com o PCCV, o governo teria um aumento de R$1,6 milhão na folha de pagamento, valor mínimo comparado à receita mensal de mais de R$ 300 milhões”, afirma Diego.
Efetivo mínimo
O sindicalista garantiu que o efetivo mínimo de 30% de servidores será mantido. “Sempre mantemos os 30% em greves anteriores e não será agora que faremos diferente. O objetivo da greve não é punir a sociedade, mas uma forma de pressionar o governador Jackson Barreto”, concluiu.