Os servidores da administração geral do Estado irão cruzar os braços todas as quartas-feiras, por 24h, até o dia 13 de janeiro. As paralisações semanais são em protesto à falta de diálogo do governo com os servidores, principalmente no que concerne a implementação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCC).
De acordo com Diego Araújo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), nos dias de paralisação, os Centros de Atendimento ao Cidadão (Ceac’s) não funcionarão e as merendeiras e vigilantes de escolas da rede estadual também cruzarão os braços.
“O servidor público está revoltado com o descaso que o Governo vem fazendo com a categoria. Mais de cinco mil trabalhadores ainda recebem abaixo de um salário mínimo e não há perspectiva de melhorias. São baixas remunerações, falta de valorização, sobrecarga de trabalho, atraso e parcelamento dos salários e a falta de implementação do PCCV. É uma série de coisas que desestimula o servidor. Então, em protesto a tudo isso, vamos parar todas às quartas-feiras e, infelizmente, a população é que ficará no prejuízo. O Governo precisa tomar providências”, justifica Diego.
Depois do dia 13 de janeiro, segundo informa Diego Araújo, os servidores farão assembleia para decidirem se vão entrar em greve por tempo indeterminado. “O servidor está cansado e todo mês há a preocupação, porque ninguém sabe realmente o dia que os salários serão pagos. O Governo parcela as remunerações ou atrasa o pagamento. A situação dos servidores hoje está muito complicada”, desabafa o presidente do Sintrase.
Resposta
A Secretaria de Comunicação do Governo disse que faltam recursos para que o Estado consiga pagar os salários dos servidores dentro do mês. Sobre o PCCV, será implantado quando o Estado sair do Limite Prudencial.
