O segundo e último dia da paralisação de 48 horas dos Servidores Públicos do Estado foi de manifestação setorial onde os sindicatos e trabalhadores da saúde, dentre médicos, enfermeiros, psicólogos e integrantes do Samu concentraram-se nesta quinta-feira (16) pela manhã na porta do hospital João Alves Filho.
O Hospital foi escolhido por ser um ponto estratégico onde existe uma rotatividade de fluxo de pessoas originárias tanto da capital quanto do interior do Estado, porém, os trabalhadores lotados na unidade hospitalar não aderiram à paralisação por se tratar de um serviço de urgência e emergência.
Estiveram presentes representantes dos Sindicatos dos Médicos, Enfermeiros, Sintasa, Psicólogos, Técnicos de Laboratórios, Condutores de Ambulância e da Central dos Trabalhadores do Brasil.
O intuito da paralisação é a implantação plena do Plano de Cargos Carreira e Vencimentos (PCCV) e a revisão dos cálculos salariais para recuperação das perdas dos servidores. O Sindicato dos Fiscais de Sergipe (Sindifisco) discordam do empecilho colocado pelo Governo para não implantação do PCCV, o limite prudencial em que o Estado se encontra.
Incompetência
O representante do Sindimed, José dos Santos Menezes lamenta e disse que o Governo do Estado está decepcionando os servidores com a falta de implantação do Plano.
“Nós estamos mais uma vez nas ruas enquanto deveríamos estar nos hospitais ou nos postos de atendimento, mas infelizmente, a conjuntura atual por conta da incompetência do atual Governador Jackson Barreto Lima, principalmente no que se refere a campanha salarial dos servidores, está deixando a desejar e a insatisfação por parte dos servidores é o retrato fiel do que está acontecendo. Estamos aqui por culpa única e exclusiva do senhor governador Jackson”, coloca o presidente em exercício do Sindimed.
“O que foi implantado dia 1 de julho de 2014, até hoje, na segunda quinzena de julho de 2015, ainda não foi pago. É decepcionante atuação do governador. Ele foi tão incompetente que está há mais de 1 ano no Limite Prudencial, como ele diz e não conseguiu sair. Por sua vez, o Sindifisco e o Tribunal de Contas do Estado discordam desta colocação e diz que o Estado está abaixo do limite prudencial. O que falta é vontade política”, cutuca Menezes.
Desculpas
O diretor do Sindimed Alfredo Neto pediu desculpas à população pelos servidores estaduais estarem paralisados, mas disse que infelizmente isso se faz necessário para que o Governo cumpra o seu compromisso com o servidor estadual. “PCCV foi implantado, mas não foi pago”, disse.
Enfermeiros
Da mesma forma, a manifestação da presidente do Sindicato dos Enfermeiros Shirley Moraes foi em pedir desculpas aos pacientes, que estão sem atendimento nestes dois dias, mas a o servidor precisa lutar pelo que é de direito. “Estamos cobrando a implantação do Plano de Carreira que é um direito do servidor ao mesmo tempo em que parabenizamos a todos os Sindicatos Estaduais que se fizeram fortes neta luta uniforme”, coloca Shirley.
Luta legítima
O diretor clínico do Hospital Marcos Krüger, que esteve no movimento por um curto período, mas se mostrou solidário aos servidores, demonstrou que o problema do PCCV também passa pelas condições de trabalho. “Estou aqui porque também sou servidor público, acho a luta legítima, e os servidores não só têm problemas salariais, mas também de condições de trabalho. O hospital tem problema também com materiais, e outros”, colocou o diretor clínico que já está no seu segundo mandato através de eleição direta.
Assembleia
Nesta sexta-feira, às 8 horas, na sede do Sindifisco, haverá uma assembleia unificada para avaliar o movimento intersindical.
Fotos: Ascom/Sindimed