Minutos depois de realizarem uma assembleia e decidirem pela manutenção da greve, os servidores públicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Federal de Sergipe (IFS) foram às ruas da capital sergipana no início da manhã desta quarta-feira (23), para fazer um cortejo fúnebre ao que eles chamam de “morte da falácia da pátria educadora”, uma sátira alusiva às promessas da presidente Dilma Rousseff, que garantiu melhorias para o Ministério da Educação durante campanha eleitoral do ano passado.
Os servidores técnicos e professores da UFS estão em greve há 118 dias, já os trabalhadores do IFS estão paralisados há 70.
Os manifestantes saíram em passeata por volta das 9h30 da manhã, carregando faixas, crucifixos e um caixão, do Instituto Federal de Sergipe (IFS) e seguiram em direção à Praça Fausto Cardoso, onde o enterro simbólico aconteceu.
“A educação não é prioridade para o Governo. A presidente cortou mais de R$16 bilhões do orçamento do Ministério da Educação, e isso tem proporcionado às universidades e os Institutos Federais de Educação uma enorme dificuldade no seu funcionamento. Ou seja, ainda que retornemos, todas essas instituições deverão diminuir o ritmo de seus trabalhos, uma vez que não há recursos suficientes para continuar de forma eficiente”, esclarece o presidente do Sintufs, Lucas Gama.
Juntas, as categorias cobram do governo Federal reajuste com índice de 27,3% no piso da tabela salarial, considerando as perdas de janeiro de 2011 a julho de 2016; aprimoramento da carreira com correção das distorções, levando em consideração a racionalização dos cargos; piso e step; o reposicionamento dos aposentados e concurso público via RJU para todas as classes; realização de concurso público para todos os cargos do PCCTAE e com a finalidade de substituir toda a força de trabalho terceirizada das IFES entre outras.
O cortejo contou também com a participação do Sindicato dos Servidores do Ministério da Saúde (Sindsmisfu), Sindicato dos Servidores do INSS (Sindiprev), que estão também em greve e que lutam por pautas semelhantes.A passeata seguiu pela Avenida Desembargador Maynard, o que causou engarrafamento por alguns minutos. Agentes da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) coordenaram o fluxo até a o fim do movimento.