Técnicos administrativos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em greve há 56 dias, realizaram uma manifestação no início da manhã desta terça-feira (21), em frente à Universidade Federal de São Cristóvão. Eles fecharam o acesso à unidade.
A classe cobra do governo Federal reajuste salarial de 27,3%. De acordo com Lucas Gama, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFS (Sintufs), o Ministério do Planejamento apresentou uma proposta inferior ao que foi pedido pela categoria. Ele conta também que, sem os profissionais, vários setores da UFS ustão prejudicados, a exemplo da biblioteca, restaurante Universitário e o Hospital Universitário (HU).
“Eles ofereceram 21,3%, sendo divido para quatro anos, o que daria cerca de 5% ao ano. A proposta não foi aceita, pois há grandes perdas inflacionárias e, por isso, a greve continuará por tempo indeterminado. Como são 1.300 técnicos, e aproximadamente 80% aderiu a greve, há vários campis da UFS prejudicados, e, inclusive, o HU e museus que são de responsabilidade da universidade. Infelizmente, os estudantes são afetados, mas precisamos lutar pelos nossos direitos”, disse.
Falta diálogo
Segundo Lucas, a reitoria da UFS não tem mantido um diálogo com os grevistas. “Não há uma negociação concreta e estamos aguardando o reitor da universidade manter um diálogo com a categoria. Enquanto não houver avanços, a greve está mantida”, conclui Lucas.
Professores parados
Além dos técnicos administrativos, os professores da UFS também estão em greve desde o mês de maio deste ano e, aproximadamente, 30 mil estudantes estão sem aula. Os professores também estão lutando pelo reajuste salarial de 27,3%.
Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS