Da redação, Joangelo Custódio
Os servidores do Hospital de Cirurgia paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (11), alegando dois meses de atrasos no pagamento dos salários. Com isso, cerca de 22 cirurgias que seriam realizadas hoje foram suspensas e a direção do hospital já informou que não vai admitir novos pacientes até que a situação se resolva.
Na última sexta-feira (8), os funcionários fizeram uma paralisação de advertência por uma hora, mas como não obtiveram resposta, realizaram o manifesto hoje. Após assinarem o ponto, cerca 1.300 funcionários realizaram um rápido protesto, chegando a fechar a rua Dom Bosco, que fica adjacente ao hospital, para tentar chamar a atenção da população.
“Estamos sem salário há meses. Estamos passando necessidades, temos filho na escola, comprar material aluguel para pagar. Estamos que talões de água e energia atrasados, estamos passando necessidades. Quem estamos sofrendo somos nós nessa situação complicada”, desabafa a servidora Chirley.
O diretor da unidade de saúde, Gilberto Santos, disse que foi realizada na manhã de hoje uma reunião com a cúpula do hospital e representantes da categoria na sede do Ministério Público do Estado, mas nada ainda foi solucionado.
Conforme Gilberto, o hospital aguarda repasses para fazer o pagamento do pessoal, fato que ainda não se concretou.
“São dois meses de atrasos, são muitos recursos. Os servidores estão certos em reclamar, porque eles trabalham o mês todo e querem receber. Todos os pacientes que estiverem internados e receberem alta, a gente não vai admitir novos pacientes e o que é mais importante. O Cirurgia é uma instituição privada e filantrópica, que presta serviços ao Sistema único de Saúde às pessoas mais carentes”, diz Gilberto.
Amanhã acontece uma nova audiência no Ministério Público Estadual.