Há mais de 60 dias em greve, os servidores federais da Saúde e Educação realizaram um manifesto em frente ao Hospital Universitário de Sergipe (HU) com o objetivo de alertar a população sobre a precarização do serviço em todo o país. O ato, que é nacional, aconteceu no início da manhã desta quinta-feira (30), com a participação de técnicos-administrativos e professores federais, servidores do INSS e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Educação da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), Atamário Cordeiro, criticou a postura do governo Federal no que concerne aos cortes financeiros nas pastas de Saúde e Educação.
“O Governo Federal já sinalizou corte de R$ 7 bilhões na área da saúde para o orçamento de 2016 e corte de R$ 30 milhões na educação, provando que o Governo não tem compromisso com o serviço público. É uma falácia o Governo dizer que investe em educação e saúde, e fazer cortes no orçamento”, afirma.
Altamário Cordeiro fez questão de lembrar que até a energia elétrica das Universidades Federais está sendo cortada por falta de pagamento. “A UFS já passou por isso, a UFRJ, maior universidade do país, está com o corte de energia programado”, cutucou, ao enumerar que o serviço público está vivendo um "caos" e o país está à "beira de um colapso".
Proposta
Segundo Altamário, o Governo Federal apresentou proposta de reajuste de 21,2% dividida em quatro anos. “Pedimos uma reposição da inflação de 27,3%, a proposta do Governo é de dividir esse reajuste em quatro anos, ou seja, 5% ao ano quando este ano a inflação já vai em 9%. Essa proposta é inaceitável”, questiona.
Ficou agendada para a próxima semana uma reunião com os representantes dos servidores federais e o Ministério do Planejamento. Segundo Altamário, a expectativa é que o Governo desista da proposta atual.
Foto: Lindivaldo Ribeiro/CS