Cerca de 20 categorias do funcionalismo público estadual cruzaram os braços a partir desta terça-feira (22) até quinta-feira (24). Os servidores cobram do governo Jackson Barreto reajuste salarial e melhores condições de trabalho.
Neste primeiro dia de paralização unificada, as centrais sindicais fizeram uma manifestação em frente à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), e depois seguiram em caminhada até ao hospital Governador João Alves Filho.
Para o presidente do Sindicato do Fisco em Sergipe (Sindifisco), Paulo Pedrosa, o Governo esconde as informações sobre arrecadação. “O Governo tem agido com intransigência e falta de transparência. Ficou combinado na última reunião que seria formado um grupo de estudo, mas até hoje sequer tivemos uma discussão. A arrecadação do Estado tem se mantido em patamares aceitáveis, pode não ser a arrecadação que o Governo gostaria, mas está positiva, e insiste em argumentos falhos”, argumenta.
Presentes ao ato, os professores da rede estadual também cobram transparência com os gastos públicos. “Queremos que o Governo trate o servidor público com respeito e dignidade. Cadê o dinheiro do Estado? Eles insistem em se manter calados. Nossas escolas estão um caos, falta tudo, queremos uma educação de qualidade”, reivindica Ângela Vieira, presidente do Sintese.
Durante esses três dias de greve, apenas as delegacias Plantonistas, Roubos e Furtos de Veículos e Denarc funcionam na capital. No interior, apenas a regional de Itabaiana irá atender as demandas.
Fim do ato
Na quinta-feira (24), os servidores farão uma manifestação para encerrar o ato. A concentração será às 14h no Parque da Sementeira e de lá os servidores seguem para o centro da cidade.
Governo
Segundo o secretário de Estado da Comunicação, Sales Neto, neste momento, o governo não tem condições fonanceiras de atender os pleitos das categorias grevistas.
"Estamos acompanhando a paralisação. O governo está no limite prudencial. Dentro das próprias categorias existem interesses conflitantes. Estamos abertos ao diálogo. Esse ano estamos sem condições financeiras para atender aos pedidos dos funcionários, devido à crise nacional. Estamos fazendo cortes de despesas para nos adequarmos", explicou.
Fotos: Lindivaldo Ribeiro/CS