Da redação, AJN1
Detectada pela primeira vez em Manaus-AM, a variante brasileira da covid-19, batizada de P.1, com maior poder de contaminação e possivelmente responsável pela situação dramática por que passa o país, foi identificada em cinco municípios de Sergipe, segundo informou o diretor de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), infectologista Marco Aurélio Góes. No Estado, recentemente, sete linhagens dessa cepa já foram identificadas, segundo o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (Lacen-SE).
“Já identificamos mais de cinco municípios com essas amostras positivas. Dezenove amostras testaram positivo com relação à cepa p.1. A gente já tinha cinco amostras anteriores que estavam todas relacionadas a casos importados, com vínculos de pessoas que vieram do Amazonas, e essas dezenove agora. Na verdade, estão espalhadas pelo território e muitas sem vínculo nenhum com paciente, mostrando uma transmissão comunitária como já era esperado”, revela o diretor.
“Estamos tendo uma análise individual de cada caso, entrando em contato para saber da evolução desses casos. Muitos foram casos leves de síndrome gripal, mas o importe é que esse vírus tem um predomínio nas amostras da cepa p.1 que é uma variante que se conhece o poder de transmissão dela”.
De acordo com Marco Aurélio, o aumento do número de pessoas infectadas tem ligação com a nova cepa. “Esse aumento na transmissão nessa onda está muito relacionado à circulação dessa variante e isso tem sido observado em outros locais. É uma variante que tem esse poder de transmissão maior entre as pessoas. Transmitindo mais, vão ter mais casos graves, mais internação hospitalar e, infelizmente, mais óbitos. Por isso que a gente precisa bloquear essa transmissão”, destaca.
O diretor afirmou ainda que as medidas contra a proliferação do patógeno precisam ser reforçadas.
“Na verdade, essas medidas precisam ser intensificadas agora. Se a gente relaxou em algum momento, a gente tem de intensificar agora todas as medidas de distanciamento social, sejam individuais ou coletivas”, conclui.
