Uma sessão solene na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), prestará tributo ao centenário de nascimento de dom Luciano Cabral Duarte e aos 350 anos da Paróquia Santo Antônio e Almas, de Itabaiana. A cerimônia, proposta pelo deputado federal Ícaro de Valmir (PL), acontecerá a partir das 11h do dia 20 de maio.
O arcebispo metropolitano de Aracaju, dom Josafá Menezes, estará presente na solenidade. Ele destaca que dom Luciano é uma referência de fé, cultura e compromisso social. “A memória de dom Luciano é um patrimônio da Igreja e do povo sergipano. Sua vida e obra continuam a inspirar gerações”, afirmou.
Nascido em 21 de janeiro de 1925, dom Luciano foi o segundo arcebispo metropolitano de Aracaju. Ordenado em 1948, em Roma, destacou-se como professor, escritor e humanista. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, dedicou parte significativa de sua vida à educação superior, sendo reitor da Universidade Federal de Sergipe entre 1968 e 1970.
No episcopado, exerceu papel determinante na modernização pastoral da arquidiocese. Entre suas principais realizações estão a criação do Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, em 1986, a fundação do Museu de Arte Sacra de Sergipe e a implantação do PROCASE (Projeto Casinhas Econômicas), iniciativa pioneira de habitação popular com base comunitária e inspiração cristã.
Dom Luciano também representou a Igreja sergipana no Concílio Vaticano II, em Roma, e ficou conhecido pela firmeza doutrinária, equilíbrio intelectual e sensibilidade pastoral. Faleceu em 29 de maio de 2018, aos 93 anos.
Paróquia Santo Antônio e Almas: fé e história no agreste
Fundada em 1675, a paróquia Santo Antônio e Almas é uma das mais antigas de Sergipe e teve papel fundamental na consolidação da vida urbana e religiosa de Itabaiana. Sua matriz, localizada no coração da cidade, é símbolo da identidade cultural e espiritual do povo itabaianense.
A celebração dos 350 anos reforça o papel da paróquia como centro de evangelização, formação cristã e ação social, com atuação marcante em comunidades urbanas e rurais.
Além de dom Josafá, devem participar da cerimônia representantes do clero sergipano e da comunidade católica, lideranças políticas, culturais e educacionais, unindo fé, memória e reconhecimento histórico.
*Com informações Arquidiocese de Aracaju
