ARACAJU/SE, 16 de setembro de 2025 , 17:55:21

Sindijor-SE publica nota de repúdio após novos ataques de Bolsonaro contra jornalistas

Da redação, Joangelo Custódio

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE) publicou uma nota nesta quinta-feira (28), repudiando veementemente os novos ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra a imprensa durante ato de inauguração da nova ponte sobre o Rio São Francisco, que liga a cidade sergipana de Propriá e a alagoana Porto Real do Colégio.

A indignação do Sindicato acontece depois que o radialista Marcos Couto, que fazia a cobertura da solenidade, perguntou ao presidente sobre o gasto de R$ 1,8 bilhão do governo federal em alimentos e bebidas em 2020, principalmente com a compra de latas de leite condensado, que custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 15 milhões, segundo o Portal da Transparência.

Como resposta, o presidente utilizou as mesmas palavras obscenas utilizadas nessa quarta-feira, durante almoço com artistas em Brasília, o que levou a indignação de diversos setores da sociedade. O portal AJN1, como forma de respeito ao leitor, não irá reproduzir as palavras de baixo calão.

No texto, o Sindijor-SE – que tem como signatário a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) -, classifica o palavreado chulo do presidente contra a classe como “ataques antidemocráticos, desrespeitosos e antiéticos”.

Leia a nota na íntegra:

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Sergipe (Sindijor/SE), e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), repudiam veementemente os novos ataques antidemocráticos, desrespeitosos e antiéticos proferidos pelo Presidente da República Jair Messias Bolsonaro contra os Jornalistas. Em posse de termos obscenos, e postura amplamente incompatível com aquela que se espera do chefe do Poder Executivo Federal, representante maior da nossa Nação, na manhã desta quinta-feira, 28, em Aracaju, o presidente se mostrou incapaz de responder questionamentos de interesse público, e agrediu verbalmente toda uma classe trabalhadora através de um profissional que registrava a sua passagem pelo estado de Sergipe.

Cercado por apoiadores e profissionais da segurança nacional, Jair Bolsonaro foi questionado pelo repórter Marcos Couto sobre o volume de gastos promovidos pelo Governo Federal, destinado à aquisição de bebidas e alimentações. Frisem-se, dados publicados pela gestão Federal, dentro do respectivo Portal da Transparência. Nesse momento, o presidente voltou a apresentar declarações grosseiras, de baixo calão, semelhante ao protagonizado na tarde da última quarta-feira, 27, enquanto participava de reunião realizada em Brasília. O Sindijor e a FENAJ lamentam que, em vez de esclarecer questionamentos, e buscar solucionar os problemas do país, Jair Messias Bolsonaro insiste em atacar e ameaçar a liberdade de imprensa.

Uma atividade profissional, essencial e de credibilidade, bem como prevista na Constituição Federal datada em 05 de outubro de 1988, presente no disposto do art. 5º, incisos IV, V, X, XIII e XIV (art. 220, § 1º).

 

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