Da redação, AJN1
Conhecido no cenário político pelas declarações polêmicas e ácidas, o governador Jackson Barreto voltou a chamar a atenção ao afirmar, recentemente, que as recorrentes fugas no sistema penitenciário sergipano estariam ocorrendo devido a facilitação dos agentes prisionais.
A afirmação provocou repúdio imediato do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores da Sejuc (Sindpen), que emitiu nota à sociedade. “É inadmissível culpar os agentes pela falta de planejamento da Secretaria de Estado da Justiça e do Consumidor (Sejuc), pois as fugas são de única e exclusiva responsabilidade do governo do Estado, que se mantém inerte diante do caos que se encontram os presídios sergipanos”, diz um trecho do texto.
A nota diz ainda que todas as unidades prisionais de Sergipe funcionam com guaritas desativadas, já que não há agentes em número suficiente e as celas estão superlotadas.
“Por causa da superlotação, três das oito unidades do Estado estão interditadas para recebimento de novos presos. Para se ter uma ideia, no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto, em São Cristóvão, pavilhão com capacidade para 160 presos, abriga 500. No Pavilhão onde deveriam trabalhar 20 agentes, somente três ficam no local. Celas para oito detentos abrigam 25 homens”, diz o texto.
O Sindipen finaliza a nota afirmando que “a realidade do sistema prisional também envolve a falta de equipamentos de proteção individual, entre eles, armamento, colete balístico e algemas. O Sindpen entende que a Sejuc não toma medidas para minimizar a situação e permite o sucateamento das unidades prisionais com a intenção de ampliar a terceirização".
O governador não foi localizado para falar sobre o assunto.
