ARACAJU/SE, 18 de agosto de 2025 , 15:48:28

Sintese acata decisão judicial e decide suspender greve

Da redação, AJN1

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (Sintese) decidiu, em assembleia realizada na tarde desta quinta (19), suspender a greve dos professores da rede estadual de ensino, iniciada no último dia 5 de maio.

A paralisação foi declarada ilegal pelo desembargador Osório de Araújo Ramos Filho, do Tribunal de Justiça de Sergipe, que determinou, no último dia 16 de agosto, o imediato retorno às aulas presenciais, sob multa diária de R$40 mil em caso de desobediência, deferindo, assim, a Ação de Procedimento Ordinário com Pedido de Tutela Antecipada ajuizada pelo Estado de Sergipe, o qual afirma que a greve, até então deflagrada, viola o direito constitucional à educação das crianças e dos adolescentes.

Por conta da pandemia, o Sintese justifica que não há condições sanitárias para a volta do trabalho nas 324 escolas da rede estadual e cobra vacinação em segunda dose para os trabalhadores da educação.

As aulas presenciais estavam suspensas desde março de 2020 por causa da pandemia e, até o dia 16 de agosto de 2021, 161 mil alunos cumpriram o calendário de forma remota, retornando às atividades de forma presencial no dia 17 de agosto, com o aval do governador Belivaldo Chagas, amparando-se, para tal decisão, na diminuição de novos casos e óbitos pela covid-19.

Movimento continua

De acordo com a presidente do Sintese, Ivonete Cruz, a suspensão da greve não se traduz no encerramento do movimento. “Suspendemos a greve pela vida, mas isso não significa o fim da nossa luta para que as escolas tenham as condições sanitárias, pedagógicas e se garanta a imunização dos trabalhadores da Educação. O espaço de luta agora é no chão da escola”, afirmou a sindicalista.

De acordo com o Sintese, o retorno não será imediato, pois a portaria nº3324, de 13 de agosto, em seu artigo 6º, estabelece que a unidade de ensino que não tiver condições para retornar com suas atividades presenciais na data prevista nesta Portaria, seja por circunstâncias estruturais, reformas ou qualquer outro motivo, deverá enviar justificativa a sua Diretoria de Educação indicando a previsão para o retorno presencial”.

Para o vice-presidente do Sintese, Roberto Silva dos Santos, a maioria das escolas não está preparada para retorno presencial. “A falta de pessoal é gritante em diversas escolas, muitas têm somente um servidor para fazer a limpeza, um para a portaria e um para servir a alimentação escolar em cada turno. Dessa forma não há como se cumprir os protocolos para garantir o mínimo de segurança contra a transmissão da Covid-19”.

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