ARACAJU/SE, 26 de novembro de 2024 , 10:19:41

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Sintrase realiza assembleia para avaliar greve que já dura três meses

Os servidores públicos da administração geral do Estado, que estão em greve a 89 dias, prometem não se intimidar com a ameaça da Secretaria de Estado da Educação (SEED) de cortar do ponto de quem não retornar ao trabalho. Às 9 horas desta terça-feira (3), a categoria volta a se reunir no auditório do Sindicato dos Bancários de Sergipe, no bairro Centro de Aracaju, para avaliar os rumos da greve que cobra a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV).

 

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase), Diego Araújo, ao anunciar o corte do ponto, a Secretaria se antecipou ao resultado de uma decisão judicial que ainda não aconteceu. “Para que se diga que o movimento é legal ou ilegal é preciso uma decisão judicial. Até ontem não havia nenhum pronunciamento sobre isto. Não se pode cortar o ponto a bel-prazer”, afirma Diego, acrescentando que a nota divulgada pela SEED gerou indignação, pois tem o objetivo de agredir e intimidar os servidores que ganham menos do que um salário.

 

Diego Araújo lembrou que quem decide pela manutenção ou não da greve são os servidores e isto será colocado em análise na assembleia desta terça-feira. “Amanhã a assembleia vai discutir manutenção ou mão do movimento, sempre analisando com cuidado todos os fatos. O que não pode é amedrontar e a gente ceder ante as ameaças do secretário de Educação. Não se pode baixar a cabeça e ficar com medo do secretário”, ressaltou o sindicalista.

 

Na semana passada depois que matérias foram veiculadas na imprensa mostrando a ação de professores que tiveram de fazar pipoca para oferecer como lanche aos alunos de uma escola no bairro Santa Maria,  a Secretaria de Estado da Educação (SEED), através de nota, convocou os servidores para retornarem ao trabalho, prometendo cortar o ponto daqueles que permanecerem em greve. Além disso, a SEED informou que vai acionar a justiça para pedir a ilegalidade da greve.

 

 

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