Desde o lançamento da campanha de biometria facial, o setor de transporte público de Aracaju e da Grande Aracaju tem se empenhado em garantir o uso correto dos cartões de bilhetagem eletrônica, assegurando a gratuidade nos ônibus. Para reforçar esse compromisso, foi implementado, em março deste ano, um rigoroso processo de fiscalização. Esta iniciativa bloqueia imediatamente a utilização do benefício em casos de fraudes.
Somente no período de março a junho deste ano, mais de 2,4 mil cartões foram bloqueados, sendo que mais de mil desses bloqueios ocorreram no mês passado. Apenas os cartões de gratuidade para idosos representaram mais de 48% dos bloqueios em virtude do uso indevido.
“Fraudar o sistema de transporte público, usando ou permitindo que terceiros usem indevidamente um cartão de gratuidade, é um crime. Essa fraude no sistema aumenta os custos operacionais e impacta negativamente as tarifas e a qualidade do serviço”, salienta a presidente do Setransp, Raissa Cruz.
O processo de fiscalização pretende alertar os passageiros sobre as consequências do uso indevido dos cartões, que podem incluir a perda definitiva do direito de uso e a responsabilização criminal. Desde o início do processo de fiscalização, foi observado o aumento de fraudes a cada mês.
“Estamos constantemente orientando os passageiros para compreenderem que, ao praticarem fraudes, estão sujeitos a perder o direito à gratuidade e podem ser responsabilizados criminalmente. O número de passageiros que utilizam indevidamente o benefício oferecido pelo sistema tem crescido de forma alarmante, afetando todos os tipos de gratuidade e evidenciando fraudes em todas elas”, lamenta o diretor executivo da Aracajucard, José Carlos Amâncio.
Entenda como funciona o bloqueio
Assim que a fraude é identificada, o cartão de gratuidade Mais Aracaju do passageiro é bloqueado, sendo necessária uma justificativa presencial. Após este processo, o cartão é liberado para o primeiro uso e, em seguida, o titular da gratuidade fica com o benefício bloqueado durante o período de 30 dias.
Se identificada novamente a fraude, o passageiro é notificado mais uma vez a comparecer presencialmente à Aracajucard, empresa que administra a bilhetagem eletrônica, onde será informado que poderá responder criminalmente pelo ato, além de ter seu benefício retido permanentemente.
“Quando notificamos o titular do cartão para uma justificativa presencial, também aproveitamos o momento para orientá-lo sobre as consequências da fraude, tanto no âmbito criminal quanto na perda de um benefício de real relevância”, conclui o diretor executivo, Carlos Amâncio.