A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem trabalhado em ações específicas para minimizar o absenteísmo, ou seja, o não comparecimento a consultas e procedimentos marcados em unidades de saúde da rede municipal, a qual, mensalmente, agenda mais de 500 mil procedimentos.
Alguns procedimentos específicos registram recorde de absenteísmo, como a ultrassonografia de abdome total. Para esse procedimento, de janeiro a julho deste ano, foram agendados 15.698 pessoas, sendo que apenas 4.549 compareceram, o que equivale a uma taxa de absenteísmo de 71%. Colonoscopia, ultrassonografia transvaginal e esofagogastroduodenoscopia também são alguns exames que, nesse período de sete meses, tiveram um índice de absenteísmo superior a 55%.
Segundo a diretora de Inteligência em Saúde da SMS, Ana Régia Oliveira, quando existe a marcação de procedimentos que têm uma fila de espera mais longa, a equipe do MonitorAju entra em contato com os pacientes, ligando mais de uma vez com antecedência para confirmar a presença. Ela explica que, com alguma frequência, muitos números de telefone se encontram desatualizados, o que acarreta uma dificuldade em conseguir contatá-los.
“Isso mostra a importância de os cidadãos manterem o cadastro atualizado. É fundamental que, se o paciente souber que não poderá comparecer ao exame agendado, ou se já o fez por outros meios, que ele informe à unidade básica ou ao agente de saúde, para que seu nome seja retirado da fila e não ocupe a vaga de outra pessoa que pode estar precisando”, orienta, ao ressaltar que uma outra forma de avisar que não irá comparecer é entrando em contato com a Ouvidoria da SMS, por meio do telefone 0800 729 3534.
Já em relação às consultas clínicas, este ano, foram marcadas 3.621 para neurologista, com apenas 1.513 comparecimentos (58% de falta), e 6.875 para endocrinologista, tendo comparecido 2.995 pacientes (56% de absenteísmo). Por conta desses números, a Secretaria Municipal da Saúde mantém estratégias para garantir que o atendimento médico seja levado a quem mais precisa.
“Esse não comparecimento dificulta o planejamento da rede como um todo. A gente tem uma fila de espera e não sabe se ela é real. Se o paciente não vai, nunca saberemos de fato a real situação epidemiológica da população. Então, dado o histórico de absenteísmo de determinados procedimentos, hoje a gente já consegue fazer um cálculo e marcar em uma quantidade a mais do que o número de vagas. Isso garante uma maior certeza de atendimento aos cidadãos que precisam”, destaca Ana Régia Oliveira.
Fonte: AAN