Em assembleia extraordinária realizada na tarde de ontem, os bancários de sergipe avaliaram como bem sucedido o movimento grevista iniciado no último dia 06 por tempo indeterminado. Na reunião, a categoria deliberou novas ações para fortalecer a greve. Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (SEEB/SE), Ivânia Pereira, no oitavo dia de greve nacional, em Sergipe, o número de adesões ao movimento subiu de 126 para 135 agências, no setor público e privado. Com exceção do Banco do Estado de Sergipe (Banese), estão instaladas em todo o estado 153 agências.
De acordo com o SEEB/SE, até o momento, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou uma contraproposta à reivindicação de pauta da categoria.
“Os bancos não têm justificativas para apresentar uma proposta tão rebaixada: 5,5%, de reajuste. Isso foi insulto à nossa categoria. Os banqueiros querem esconder que, mesmo com o baixo desempenho da economia brasileira, a propalada crise não os afeta. Os cinco maiores bancos (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões, apenas no primeiro semestre deste ano. Um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado”, afirma Ivânia Pereira.
Ainda segundo o SEEB/SE, os sindicatos dos bancários têm denunciando os altos salários dos executivos dos bancos. Segundo dados das entidades, o salário médio mensal pago aos executivos é de cerca de R$ 420 mil.
“Enquanto isso, um bancário tem de trabalhar 17,5 anos, seguidos, para receber o que um desses executivos recebem em apenas um mês. Um professor, por exemplo, teria de labutar 14 anos em sala de aula para atingir esse mesmo valor”, protesta a liderança.