ARACAJU/SE, 25 de novembro de 2024 , 1:51:39

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SSP desarticula grupo que atuava na venda ilegal de armas

 

As forças de segurança pública de Sergipe atuaram na segunda edição Operação Cangalha – coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). No estado, a principal ação foi a Operação Tiro Certo, que desarticulou um grupo criminoso, que atuava com a aquisição de arma de fogo de forma fraudulenta, foi desarticulado pela Polícia Civil. Em Sergipe, a ação contou com a atuação das polícias Civil, Militar e Penal, contando com o apoio da Secretaria da Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor (Sejuc).

O delegado Dernival Eloi explicou que as ações tiveram como o objetivo combater o crime em diversas frentes. “Aqui, foram várias ações desenvolvidas pelas polícias, onde foram feitas revistas no sistema prisional e centenas de celulares foram apreendidos, assim como a Operação Tiro Certo, da Polícia Civil, em que aprendemos diversas armas de fogo”, destacou o diretor do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

Dernival Eloy também ressaltou a importância da operação no combate à criminalidade no Brasil. “É uma operação muito importante que visa a integração dos órgãos de segurança pública que combatem as organizações criminosas. Temos reuniões em Brasília (DF), onde as diretrizes da operação são traçadas. Foi uma operação muito exitosa e uma iniciativa muito importante por gerar essa troca de informações sobre o crime organizado”, avaliou.

Operação Tiro Certo

Na Operação Tiro Certo, a Polícia Civil identificou uma organização criminosa que coaptava pessoas dispostas a dar entrada no processo administrativo para aquisição de arma de fogo. Em seguida, através de um profissional de Contabilidade, eram criadas empresas de fachada a fim de cumprir o requisito legal de “ocupação lícita” e “residência fixa”.

O passo seguinte, era realizado através de uma profissional de psicologia, a qual garantia mais um pré-requisito para ter acesso à arma: ela atestava a aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo dos candidatos de forma fraudulenta. Existem provas nos autos que alguns candidatos sequer compareceram ao consultório da psicóloga.

Preenchidos os requisitos de “ocupação lícita”, “residência fixa” e “aptidão psicológica para o manuseio de arma de forma”, membros da organização criminosa fraudavam o “exame de capacidade técnica de tiro”, realizados no Clube de Tiro Tavares, município de São Cristóvão/SE, e Clube Carcará, município de Lagarto/SE.

Nordeste

A nível regional, a operação resultou na prisão de 1.187 integrantes de organizações criminosas. Os trabalhos ocorreram nos nove estados da região Nordeste, com a adesão de todas as unidades da Polícia Federal, das Secretarias Estaduais de Segurança Pública e engajamento de suas polícias civis e militares, das Secretarias Estaduais de Administração Penitenciária, com suas polícias penais, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e da Polícia Rodoviária Federal, além das Forças-Tarefas de Combate ao Crime Organizado em Fortaleza (CE), Mossoró (RN), Natal (RN), João Pessoa (PB) e no estado do Piauí.

No período de 15 de agosto a 14 de setembro de 2022, 869 mandados judiciais foram cumpridos, 245 armas, 100 veículos e R$ 524 mil valores apreendidos e expedidas ordens judiciais para bloqueio de R$ 21 milhões. Em relação às drogas, 7,6 toneladas foram apreendidas. Em conjunto, houve ações de erradicação de plantações de maconha com a destruição de 271,2 mil pés da referida planta – o que corresponde a 80 toneladas. Além disso, houve a fiscalização/revistas em 42 unidades prisionais, que resultou na apreensão de 312 celulares e 228 armas brancas artesanais.

Todo esse resultado é fruto de trabalho das forças policiais que aderiram à operação e, segundo elas, equivale a um prejuízo estimado de R$ 7 milhões ao crime organizado nos nove estados onde foi deflagrada a operação: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Os três eixos de atuação da Operação Cangalha são: investigações de repressão qualificada a organizações criminosas, ações em presídios e erradicação de plantações de maconha. Esta é a segunda edição da Operação Cangalha e reflete a estratégia da Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça e Segurança Pública em combater organizações criminosas levando em consideração as peculiaridades regionais do país. Parte do trabalho teve articulação no âmbito do projeto M.O.S.A.I.C.O., que fomenta a integração de policiais encarregados de investigar organizações criminosas com foco na sua descapitalização.

Fonte: Ascom SSP

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