Em menos de dois anos a quantidade de crimes virtuais registrada pela Polícia Civil de Sergipe cresceu 665%. É o que mostram os dados da Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal da Secretaria da Segurança Pública (CEACrim-SSP/SE). De janeiro a maio de 2019 foram registrados 517 boletins de ocorrência. Já no mesmo período deste ano foram 3.436 queixas, com casos que vão desde a clonagem de cartão até roubo de dados bancários.
O gerente de Segurança da Informação e Continuidade do Banco do Estado de Sergipe (Banese), Matheus Luiz de Oliveira Vieira, informa que os golpes mais comuns envolvendo os bancos são os da falsa central telefônica (URA), falso SMS, acesso remoto ao celular ou computador do cliente, e envio de boleto falso para pagamento.
Matheus Vieira explica que as tentativas de crimes virtuais mais recorrentes contra os clientes do Banese são as duas primeiras. No golpe da falsa central telefônica o criminoso liga para o cliente passando-se por funcionário do banco, e solicita dados pessoais e bancários, como senhas ou código de liberação de dispositivo.
Algumas vezes os golpistas conseguem até simular o número telefônico da instituição bancária e, durante a conversa, para convencer a vítima, eles falam sobre transações fictícias ou premiação em supostos programas de milhagens. Porém, para efetuar o “resgate”, os criminosos pedem que o cidadão informe os dados pessoais e bancários.
“Caso o cliente receba uma ligação de alguém que se identifique como funcionário do banco e solicite estas informações, a chamada deve ser encerrada imediatamente e, a seguir, entrar em contato com os canais oficiais da instituição, por outro telefone”, orienta Matheus Vieira. O número do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do banco é o 0800 021 9013, e os do Alô Banese são 3218 2020 e 0800 2843218.
Já no golpe do SMS a vítima recebe uma mensagem de texto no celular com um aviso de que a conta será bloqueada, caso não seja realizada a atualização dos dados através do link enviado. Ao clicar no link o cliente é redirecionado para uma página falsa semelhante a do banco, onde acontece o roubo dos dados necessários para acessar a conta e realizar transações financeiras.
“É importante ressaltar que estamos falando de um problema que tem sido enfrentado por todas as instituições bancárias, não apenas pelo Banese, por isso, toda e qualquer pessoa que possua conta em banco precisa estar atenta para não cair em golpes”, alerta o gerente do Banese.
Segurança atualizada
Matheus vieira informa, ainda, que o Banese investe periodicamente em melhorias nos processos de combate a fraudes, em tecnologias e campanhas de conscientização da população. O gerente solicita às pessoas que receberem mensagens suspeitas em nome do banco que as envie para a caixa de e-mail abuse@banese.com.br , para que o conteúdo seja analisado e as medidas necessárias de contenção adotadas.
O gerente de Segurança do Banese esclarece à população que senhas da conta e códigos de liberação de dispositivos são pessoais e intransferíveis, por isso, jamais devem ser informados a terceiros, nem mesmo aos empregados do banco. Ele destaca também que é necessário verificar se o número que enviou o SMS é realmente do banco, no caso do Banese, o número de envio é sempre o 28510; e que os clientes Banese não devem clicar em links recebidos por SMS, pois, esta não é uma prática do banco.
Como agir
Matheus Vieira aconselha que ao perceber que foi vítima de um golpe virtual envolvendo uma instituição bancária, o cliente deve tomar algumas providências rápidas, como acessar o aplicativo e Internet banking para bloquear os dispositivos e celulares que estiverem liberados; entrar em contato com a central de atendimento da instituição por meio dos canais oficiais; e registrar Boletim de Ocorrência.
Ele também citou alguns cuidados que todo cidadão deve ter, cotidianamente, pois evitam ou reduzem as possibilidades de cair em golpes no ambiente virtual. Dentre os cuidados estão:
- Instalar no celular somente aplicativos das lojas oficiais (App Store e Google Play);
- Evitar acessar a página do banco onde possui conta a partir de links em sites de busca;
- Ter antivírus instalado e atualizado no computador e no celular;
- Trocar as senhas periodicamente;
- Evitar usar computadores e Internet públicos;
- Não colocar senhas fáceis, como datas comemorativas, placas de veículos e números sequenciados.
Fonte: Ascom Banese