Da redação, AJN1
Em julho, a taxa de desocupação (também chamada de taxa de desemprego) saltou de 9,4% para 11,9%. Este é o 3º aumento consecutivo no estado. Percentual representa o número de pessoas desocupadas, isto é, que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, no total de pessoas que estavam na força de trabalho. Ele não leva em consideração, portanto, as pessoas que estavam fora da força de trabalho, ou seja, pessoas em idade de trabalhar que não tomaram providência para conseguir trabalho. Os dados constam no PNAD Covid-19, do IBGE.
Levando em consideração os meses de maio, junho e julho, percebe-se um cenário tanto do ambiente de busca por trabalho menos favorável, como um maior número de pessoas desocupadas. Com isso, algumas pessoas que não estavam ocupadas, mas que antes da pandemia de Covid-19 estavam tomando alguma providência para conseguir trabalho, podem ter cessado a busca por ocupação.
Assim, elas deixam de fazer parte da chamada “força de trabalho” e passam a integrar a população fora da força de trabalho. Essa população não é contabilizada no cálculo das taxas de desocupação (ou taxas de desemprego). Ainda assim, no conjunto de 1,0 milhão de pessoas que estavam em idade de trabalhar mas que estavam fora da força de trabalho, 442 mil disseram que gostariam de trabalhar, apesar de não terem procurado trabalho. Das 442 mil pessoas que não procuraram trabalho mas que gostariam de trabalhar, 336 mil não o fizeram por conta da pandemia ou por falta de trabalho na localidade onde residiam.
Os contingentes de pessoas ocupadas, de pessoas desocupadas e de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar somados chegou a 1,278 milhão de pessoas nessas condições. O proxy da taxa de informalidade apresentou uma leve redução para 43,6%. Em junho, o percentual apresentado foi de 46,4%, o que representou um aumento de 0,7 p.p quando comparado com maio de 2020.
Em julho, no grupo de pessoas que estavam ocupadas (737 mil), apenas 86 mil estavam afastadas devido ao distanciamento social. Em junho, eram 167 mil pessoas afastadas por conta disso. Apesar disso, o trabalho remoto aumentou de maio a junho, saindo de 55 mil para 66 mil pessoas (10,1%) e em julho, tínhamos 62 mil pessoas ocupadas trabalhando remotamente.
Das 117 mil pessoas ocupadas que estavam afastadas em julho, 39 mil deixou de receber remuneração. Esse é o menor número do trimestre. Porém, as 78 mil que continuavam recebendo remuneração apresentaram o menor número, já que em maio eram 97 mil pessoas ocupadas que estavam afastadas mas tinham remuneração, e em junho, 91 mil. Esse contingente abrange tanto as pessoas afastadas devido ao distanciamento social quanto as pessoas afastadas por outros motivos.
Em relação ao número de horas normalmente trabalhadas (38), efetivamente trabalhadas foram apenas 28. No caso dos homens, o número de horas efetivamente trabalhadas chega a 31 e das mulheres, 24 horas. Ambos os resultados apresentam aumento se comparado com o mês de junho. Em relação ao rendimento médio real, em Sergipe, o valor normalmente recebido era de R$ 1818 em julho, mas o valor efetivamente recebido ficou em R$ 1.524. Ambos os números apresentaram um aumento, de junho a julho.
Um total de 232 mil pessoas ocupadas com rendimento de trabalho tiveram rendimento médio real efetivamente recebido menor do que o rendimento normalmente recebido. Em maio, esse número era de 346 mil e em junho, de 323 mil pessoas. Porém, caiu para de 23 para 17 mil pessoas ocupadas com rendimento de trabalho que tiveram rendimento efetivo maior que o normalmente recebido.