Correio de Sergipe
Decretos dos governos estadual e municipal mantêm os templos religiosos fechados nos municípios que compõem a Grande Aracaju e em Itabaiana, no Agreste do Estado. O curioso é que motéis estão abertos desde abril e salões de beleza também foram autorizados a reabrir. Que fique claro que não se trata de questionar a importância do isolamento social e dos cuidados necessários para prevenir a contaminação pela Covid-19, mas apresentar uma reflexão sobre o que parece ser uma decisão equivocada.
A importância da fé na vida do ser humano é algo que não se discute, e nesse quesito os templos religiosos têm um importante papel, sobretudo em momentos de grande provação, como o que todos estamos enfrentando. Não à toa, muito tem sido dito sobre os efeitos do isolamento social na saúde mental da pessoas. Distantes do convívio em sociedade, algumas pessoas moram sozinhas e acabam não encontrando o conforto que necessitam. Outras moram com uma ou mais pessoas, porém, se sentem angustiadas da mesma forma.
É aí que entra a importância da religião e do convívio em ambientes como os templos religiosos. Lógico que podemos conversar com Deus em qualquer hora e lugar. Porém, nestes espaços, onde muitos estão reunidos para falar e aprender sobre Deus, acabamos nos sentimos alimentados espiritualmente e isso se reflete beneficamente na saúde física e mental. Isolados, amedrontados e cheios de incertezas, muitos estão entrando em desespero. Será que não é hora de reabrir estas Casas, seguramente que com a implantação de todas as medidas de segurança necessárias para prevenir a contaminação?
Soa realmente equivocado o fato de motéis estarem abertos desde abril, funcionando com a adoção das medidas estabelecidas para evitar o contágio, enquanto templos religiosos continuam com as portas fechadas, apesar de o contato entre pessoas e com objetos ser infinitamente menor nestes espaço, que inclusive são, em sua maioria, arejados. Será que não é a hora de reabri-los?
