Da redação, AJN1
Os mais de 210 trabalhadores terceirizados da empresa MCE, que presta serviços a Petrobras, entraram em greve a partir de hoje (29), por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em virtude da ausência de resposta da empresa com relação ao atraso no pagamento de salários, cesta básica e da parcela do 13º salário – que foi dividido para quatro vezes. Com isto estão suspensos os serviços de manutenção, instrumentação e caldeiraria, que são considerados essenciais para funcionamento do campo.
De acordo com o diretor do Sindipetro, Gildo Pereira, há seis meses que o atraso de salários vem ocorrendo de forma frequente e estão pendentes desde janeiro o pagamento de parcelas do 13º terceiro e o valor da cesta básica está defasado. “Tem trabalhador que não tem dinheiro para comprar um quilo de fubá. O mais agravante é que a Petrobras não se posiciona", lamenta Gildo, acrescentando que tem pessoas sendo ameaçadas de despejo por falta de aluguel e outras que podem ser presas por atraso na pensão alimentícia.
O sindicato denuncia que está faltando fardamentos e falta até água para consumo durante o horário de expediente, devido as dívidas da empresa com fornecedores. O temor dos empregados é que a empresa rescinda o contrato sem pagar os débitos, a exemplo do que aconteceu no contrato de caldeiraria da MCE na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenado da Petrobrás em Sergipe (Fafen-SE).
De acordo com a entidade sindical, a responsabilidade da Petrobrás, no contrato com as empresas terceirizadas, é garantir a prestação do serviço, inclusive que cumpram com todas as suas obrigações trabalhistas. No entanto a estatal estaria sendo omissa nesta fiscalização.