Da redação, AJN1
Nesta quarta-feira (24), a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenado da Petrobras (Fafen-Sergipe), localizada na rodovia estadual SE-211, em Laranjeiras, foi fechada por mais de 300 trabalhadores desempregados, de dez municípios (Laranjeiras, Maruim, Santo Amaro, Rosário, Riachuelo, Carmópolis, Siriri, Aracaju, Barra dos Coqueiros e Socorro). Os manifestantes atearam fogo em pneus e proibiram a entrada de funcionários. Eles exigem da estatal a prioridade da contratação da mão de obra local nos contratos da empresa.
Foto: SOS Emprego
Representantes do SOS Emprego, com o apoio da CSP-Conlutas e do Sindipetro AL/SE, organizaram o manifesto. De acordo com Clodoaldo Santos Melo, integrante do SOS Emprego, a direção da Fafen não está dando ouvidos aos trabalhadores, mesmo tendo participado de cinco reuniões. “Eles estão contratando o pessoal de fora do estado, ao invés de contratar os de casa, mesmo com o nosso quadro de trabalhadores qualificados aqui em Sergipe”.
Segundo Clodoaldo Santos, a Fafen havia assumido o compromisso de fazer a fiscalização da mão de obra para garantir a contratação de 70% de trabalhadores sergipanos.
O movimento também tem cobrado da empresa a retomada dos investimentos nas áreas da Petrobras e a recuperação dos contratos que foram encerrados ou diminuíram o número de trabalhadores contratados. “Estão criando um exército de desempregados, descartando o trabalhador, da mesma forma que descartam mercadoria”.
“Assim, os trabalhadores que continuam no mercado são mais explorados e põem em risco sua saúde e sua vida, com uma sobrecarga maior de trabalho e um acúmulo de funções. Tudo isso para garantir que as empresas continuem aumentando seus lucros”, concluiu.
Os manifestantes prometem ficar na porta da Fafen até que a empresa receba a categoria