A proposta apresentada pelo governo federal aos trabalhadores dos Correios organizados no SINTECT/SE (Sindicato dos Trabalhadores dos Correios/Sergipe) foi rejeitada ontem (9) em assembleia geral. Segundo os funcionários, os Correios ofereceram uma espécie de ‘PLR do futuro’ (Participação nos Lucros e Resultados) e nenhuma participação sobre o lucro da empresa, que teria sido acumulado durante a pandemia.
O indicativo de greve já havia sido aprovado na assembleia geral do dia 21 de julho. Agora eles dizem que deram mais um passo em direção à paralisação geral.
Para o secretário geral do SINTECT/SE, Jean Marcel, a proposta do governo mais parece um blefe, quando condiciona o pagamento da PLR ao rendimento regional, metas individuais, não estipula de fato quando o PLR será pago aos trabalhadores e ignora o lucro que já foi alcançado nos últimos anos.
“Em nenhuma rodada de negociação o governo mostrou vontade de negociar. O que ele apresentou foi manutenção da retirada de direitos e nenhum ganho, nem em termos econômicos, nem em termos de direitos ou cláusulas sociais. Ou seja, é uma negociação de mentira, pois provavelmente ele vai ao dissídio para tentar dar migalhas aos trabalhadores desta grande empresa pública, lucrativa e muito importante para o Brasil”, disse Jean Marcel.
Segundo o líder sindicalista, os trabalhadores dos Correios estão insatisfeitos com as perdas de direitos, sobrecarga de trabalho e por isso preparam greve nacional para o dia 1º de setembro.