Mais de 500 famílias de trabalhadores rurais Sem Terra que ocupavam desde a madrugada da segunda-feira (4), o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) decidiram deixar o local nesta quarta-feira (6). A decisão foi tomada depois de uma reunião com o superintendente Gilson dos Anjos, onde se chegou a um consenso.
Os trabalhadores reivindicavam vistoria e desapropriação imediata das áreas em processo para acelerar o assentamento da mais de nove mil famílias acampadas em Sergipe. Além da liberação e regularização de cestas básicas para os acampados e demarcação e parcelamento das áreas já desapropriadas.
Os trabalhadores rurais também denunciavam que vem ocorrendo vários cortes no orçamento, que tem comprometido a Reforma Agrária. A verba retirada seria destinada para obtenção de terras e produção de alimentos. Outra reclamação é que o Governo estaria sucateando as autarquias pela execução das políticas sociais, a exemplo do Incra e a Fundação Nacional do Índio (Funai).
A ocupação reivindicava ainda a continuidade das ações do programa de Assistência Técnica, Social e Extensão Rural (ATER) que estão paralisadas há quase dois anos. A Ater é responsável por organizar a produção elevando a produtividade rural, apoiando a gestão e a qualificação de mais de 300 associações e cooperativas da agricultura familiar em todo o estado. Segundo os trabalhadores, as medidas adotadas pelo governo Temer afeta a contratação dos serviços de ATER e prejudica a inserção da agricultura familiar na comercialização de sua produção, nos mercados institucionais das compras públicas.
*Com informações Ascom MST