ARACAJU/SE, 11 de fevereiro de 2025 , 13:41:06

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Trump assina decreto que impõe tarifas de 25% para importações de aço e alumínio

 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que oficializa tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio. A medida sancionada nesta segunda-feira (10), afeta o Brasil, que é o segundo maior exportador de aço para o país, ficando atrás apenas do Canadá. Segundo a Bloomberg, a tarifa começa a valer em 4 de março.

A tarifa de importação recíproca é uma opção para ajudar a financiar a ampliação dos cortes de impostos dos EUA aprovados em 2017. No entanto, especialistas apontam que a arrecadação com tarifas, que representa cerca de 2% da receita anual dos EUA, não teria impacto significativo no orçamento federal.

O Brasil aplica várias tarifas sobre produtos que importa dos EUA, como o Imposto de Importação, além de IPI e ICMS. Eles possuem alíquotas variáveis, conforme o item.

Os Estados Unidos, no entanto, tiveram um superávit de US$ 253 milhões (R$ 1,3 bilhão) no comércio com o país em 2024. O Brasil exportou US$ 40,330 bilhões e importou US$ 40,583 bilhões no ano passado, o que torna os EUA o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

Em 27 de janeiro, Trump havia citado o Brasil como parte de um grupo que “quer mal” aos Estados Unidos. “A China é um grande criador de tarifas. Índia, Brasil, tantos, tantos países. Então, não vamos deixar isso acontecer mais, porque vamos colocar a América em primeiro lugar, sempre colocar a América em primeiro lugar”, afirmou.

Guerra comercial

Trump usa as tarifas como forma de pressionar outros países a tomar medidas que ele deseja, como a de reforçar a segurança na fronteira e conter o fluxo de imigrantes.

Em outras ocasiões, como quando anunciou tarifas contra o México, China e Canadá, Trump demorou alguns dias para assinar a ordem executiva sobre o tema. Ele ficou dias dizendo que as tarifas entrariam em vigor em 1º de fevereiro, mas só assinou a ordem para isso no próprio dia 1º, no fim da tarde, e determinou que as medidas entrassem em vigor três dias depois, em 4 de fevereiro.

No entanto, as tarifas contra México e Canadá foram adiadas até 4 de março, após um acordo. Os países vizinhos tomaram medidas para reforçar a segurança na fronteira e assumiram mais alguns compromissos.

Já as tarifas contra a China, de 10% adicionais, entraram em vigor no dia 4. Em resposta, a China impôs tarifas de 10% a 15% em uma série de produtos dos EUA, que passaram a valer nesta segunda (10).

Fonte: Exame

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