Da redação, AJN1
O empresário Edmundo Xavier que prometeu descartar 300 pares de calçados no Centro comercial de Aracaju, na manhã desta quinta-feira (23), teve que cancelar a ação em virtude da aglomeração que se formou no local. O gesto de desespero do empresário também é um grito de socorro por conta das dificuldades que o comércio da capital está passando com as medidas de restrição sanitária impostas pela pandemia do novo coronavírus, onde lojas tiveram que fechar as portas.
Devido a grande movimentação de pessoas no calçadão foi preciso a intervenção de equipes da Polícia Militar para controlar a situação e fazer a dispersão. Raimundo Xavier disse que sua intenção não era causar tumulto ou fazer protesto, queria apenas descarta as mercadorias que estão com prazo de validade perto de vencer. “Cinco meses fechado, minha situação é ficar em casa deprimido, sem renda nenhuma. Não demiti, mas muitos colegas estão demitindo. Estamos chegando no fundo do poço. Morrendo afogados”, lamentou o empresário, que afirma ter um prejuízo estimado em R$ 40 mil.
Raimundo Xavier disse que, o comércio chegou a um ponto que não dá mais para suportar e que vem encontrando dificuldades financeiras, até mesmo para manter as despesas pessoais. “Tive de recorrer a um empréstimo bancário, com juros normais, caso contrário estaria passando fome. São cinco meses sem renda. Quando voltar não vai ter retroativo, vou ter que começar do zero”, ressaltou.
O empresário considera o decreto de fechamento do comércio muito radical, defendemos a reabertura com o cumprimento das regras sanitárias. “Se máscara funciona e álcool gel funciona, querendo usar tudo que proteja funcionários e clientes. Chegamos a um ponto que não dá mais para suportar. Ele salientou que apesar da dificuldade ainda mantém quatro funcionários. “Não é loja grande. Microempresa não tem capital para passar muito tempo fechada. As empresas pequenas são as que mais sofrem. Chegamos ao limite. É triste ver todo o seu trabalho sendo jogado fora”.