A Tupperware, marca icônica de vasilhas e potes para a cozinha, está se preparando para pedir falência ainda esta semana, segundo fontes a par do assunto. O pedido deverá vir depois de um esforço de anos para reativar o negócio em meio à queda na demanda. As ações da empresa caíram mais de 50% às 15h53 desta segunda-feira (16) em Nova York devido à notícia.
A marca de produtos para o lar, que há grande parte do século define o armazenamento de alimentos, planeja entrar com proteção judicial após violar os termos de sua dívida e contratar consultores jurídicos e financeiros. É o que dizem pessoas por dentro do tema, que pediram anonimato para discutir informações confidenciais.
US$ 700 milhões em dívidas
Os preparativos para a falência seguem negociações prolongadas entre a Tupperware e seus credores sobre como administrar mais de US$ 700 milhões em dívidas. Os credores concordaram este ano em dar a ela algum espaço de manobra nos termos do empréstimo violados, mas a empresa continuou a se deteriorar.
Os planos não são finais e podem mudar. Procurado, um representante da Tupperware não quis comentar.
A Tupperware há anos alerta sobre dúvidas sobre sua capacidade de permanecer no mercado. Em junho, ela fez planos para fechar sua única fábrica nos EUA e demitir quase 150 funcionários. No ano passado, substituiu o CEO Miguel Fernandez e vários membros do conselho como parte de um esforço para dar a volta por cima no negócio, nomeando Laurie Ann Goldman como a nova CEO.
A Tupperware apresentou seus produtos plásticos ao público em 1946, depois que o fundador Earl Tupper inventou seu selo hermético flexível . A marca explodiu nos lares americanos, em grande parte, por meio de festas de vendas promovidas por mulheres suburbanas.
A empresa continuou, ao longo de seus quase 80 anos de operação, a depender amplamente de vendas diretas por um exército de vendedores amadores, contando em registros regulatórios com mais de 300 mil vendedores independentes em 2022.
Fonte: O Globo