Segundo informações da agência da ONU para crianças (Unicef) nesta quarta-feira (15), pelo menos 120 crianças palestinas foram mortas em Gaza nos últimos 15 dias.
Um ataque israelense em Deir Al Balah na terça-feira (14) deixou 12 pessoas de uma mesma família mortas, incluindo a esposa e quatro filhos de Raafat Salha, um trabalhador humanitário em Gaza, de acordo com a Comissão Independente para os Direitos Humanos (ICHR).
Salha, diretor da ICHR, ficou com ferimentos graves e teve a perna amputada, acrescentou a comissão apoiada pela Autoridade Palestina.
Em resposta a uma pergunta sobre o ataque contra a casa de Salha, o Exército de Israel disse que atingiu um “terrorista da unidade de inteligência militar da Jihad Islâmica que estava operando na área humanitária em Deir al Balah”.
Um ataque aéreo israelense deixou pelo menos sete mortos na escola Al-Farabi na Cidade de Gaza durante a última noite, onde palestinos estavam abrigados, disseram autoridades do hospital Batista Al-Ahli nesta quarta (15). Em Al Bureij, um campo de refugiados no centro de Gaza, várias pessoas foram mortas após ataques aéreos atingirem a área.
O Exército israelense afirmou que atingiu um “terrorista” na terça-feira (14), que estava operando “dentro de um centro de comando e controle, que anteriormente servia como escola”. O Exército acrescentou que também atingiu mais de 50 alvos em Gaza no último dia.
Na terça-feira (14), pelo menos 54 pessoas foram mortas em Gaza, conforme informações de autoridades locais.
Enquanto isso, um porta-voz militar israelense alertou aos moradores de um bairro em Jabalya, norte de Gaza, para saírem antes de um ataque israelense devido ao lançamento de foguetes da área de “organizações terroristas”.
O governo de Israel e o Hamas concordaram com um cessar-fogo para a Faixa de Gaza e libertação gradual de reféns e prisioneiros palestinos. A informação foi confirmada por fontes à CNN e, posteriormente, o primeiro-ministro do Catar realizou uma coletiva anunciando o entendimento.
O Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase, que terá início no dia 19 de janeiro. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
Entenda o conflito na Faixa de Gaza
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados.
Fonte: CNN Brasil