ARACAJU/SE, 20 de setembro de 2025 , 8:29:59

Vendas no varejo sergipano subiram 5,5% em agosto

Em agosto de 2020, o comércio varejista em Sergipe avançou 5,5% frente a julho, na série com ajuste sazonal. É o quarto mês consecutivo de alta na comparação com o mês imediatamente anterior. Nos meses afetados mais drasticamente pelas medidas de distanciamento social, março e abril, houve quedas significativas (-5,1% e -18,3%, respectivamente). As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (8) pelo IBGE.

A partir de maio, porém, observou-se recuperação das vendas nessa comparação específica, mas com aumentos decrescentes: 14,5% em maio frente a abril, 7% em junho frente a maio, 4,5% em julho frente a junho e agora, volta a subir, com 5,5% em agosto. Esse aumento pode ter ocorrido por conta de uma maior flexibilização para abertura do comércio.

Outro destaque é que pela 1ª vez, os resultados encontrados em um mês de 2020, foram maiores quando comparados ao mesmo período do ano anterior. Na comparação entre agosto de 2020 com o mesmo mês em 2019, houve um aumento de 1,9% no volume de vendas. O acumulado de 2020, apesar de seguir negativo (-7,6%), vem apresentando aumento nos últimos meses. Em junho, por exemplo, esse acumulado estava em -10,1% e em julho, -9%.

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com agosto de 2019, foi o 1º aumento, após 5 meses com valores negativos, chegando a 1,9%. Em junho o percentual registrado foi de -6,3 e em julho, de -2,7%.

Ainda em agosto, a variação acumulada de 12 meses, apresentou um volume de vendas de 5,6%, porém, esse percentual é maior do que o acumulado em julho, com -6%.

No comércio varejista ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas em agosto (9,6% ) avançou frente a julho (6,7%), na série com ajuste sazonal. O ritmo estava em queda desde maio, voltando a subir em agosto. Na comparação com agosto de 2020, não houve perdas, com uma variação de 3,3% no volume. Na variação acumulada de 2020, o comportamento apresenta queda com -9,3%, mas o valor é menor do que comparado com meses anteriores, indicando uma recuperação. Por fim, na variação acumulada dos últimos 12 meses, registrou-se -6,5%.

Resultados bimestrais

A alta de 11,3% no quarto bimestre de 2020 para o comércio varejista, frente ao bimestre imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, foi a segunda consecutiva, e a maior de toda a série histórica, nessa comparação. Em magnitude, essa variação superou, inclusive, a queda de 10,3% do bimestre março / abril, momento em que foi detectado fechamento de lojas físicas e redução da circulação de pessoas devido à pandemia de Covid-19.

Com exceção de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,0%), todas as atividades tiveram alta nesta comparação: Combustíveis e lubrificantes (9,7%), Tecidos, vestuário e calçados (78,6%), Móveis e eletrodomésticos (21,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (37,7%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (22,2%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (25,3%).

O cenário é o mesmo para o comércio varejista ampliado, com alta de 15,6% no segundo bimestre, recorde da série histórica. No entanto, a magnitude dessa variação não superou a queda de 21,5% no volume de vendas, ocorrida no segundo bimestre de 2020. Em termos setoriais, tanto Veículos e motos, partes e peças (31,9%) quanto Material de construção (13,8%) tiveram crescimento por dois bimestres consecutivos.

Vendas do comércio crescem em 25 das 27 unidades da federação

De julho para agosto, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 3,4%, com predomínio de resultados positivos em 25 das 27 unidades da federação, com destaque para: Acre (15,6%), Rondônia (12,8%) e Amapá (12,1%). Sergipe encontra-se em 11º no ranking nacional. As quedas ocorreram em Tocantins (-2,4%) e no Rio Grande do Sul (-0,2%).

O comércio varejista ampliado, entre julho e agosto, cresceu 4,6%, com predomínio de resultados positivos em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para: Piauí (20,2%), Acre (12,6%) e Sergipe (9,6%). A única queda foi em Roraima (-1,4%).

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