ARACAJU/SE, 7 de outubro de 2025 , 5:44:20

China passará a exigir licença para exportar carros elétricos a partir de 2026

 

O governo chinês decidiu que, a partir de 1º de janeiro de 2026, todos os fabricantes locais que quiserem exportar carros terão de solicitar licenças específicas ao governo. A medida atinge não apenas as marcas locais, mas também fabricantes europeus e norte-americanos que utilizam fábricas na China para abastecer outros mercados.

O argumento oficial é o de que a regulação busca garantir o “desenvolvimento sustentável” do setor, equilibrando a produção entre consumo interno e exportações. Até aqui, apenas outros tipos de veículos e motocicletas estavam sujeitos a esse tipo de exigência. Agora, os elétricos entram no mesmo pacote, o que mostra como a categoria já é tratada como prioridade estratégica por Pequim.

A guerra de preços entre montadoras quase levou alguns grupos à falência. Em resposta, o governo reprimiu descontos agressivos, acelerou cobranças a fornecedores e reforçou o controle sobre o setor. O licenciamento obrigatório de exportação é mais um passo nesse processo e reflete a tentativa de evitar desequilíbrios que possam comprometer a cadeia produtiva local.

Na prática, o governo passa a ter mais poder sobre o destino dos seus elétricos, especialmente em mercados estratégicos como a Europa, que recentemente aumentou as tarifas sobre os carros chineses – gora chegam a 45,3%. Mesmo assim, nos primeiros sete meses do ano, a China exportou 17 bilhões de euros em veículos elétricos — quase o mesmo resultado do período anterior.

Montadoras como Tesla, Volkswagen e BMW, que produzem na China para reduzir custos de mão de obra, também serão afetadas. Modelos como Tesla Model 3 e Model Y, CUPRA Tavascan e os novos MINI Cooper e Aceman são fabricados no país e exportados. Todos terão de se adequar às novas regras, que prometem redesenhar o equilíbrio competitivo no setor automotivo global.

Fonte: Quatro Rodas

 

 

Você pode querer ler também