ARACAJU/SE, 11 de dezembro de 2024 , 20:27:03

logoajn1

Orquestra e Coro Sinfônico comemoram aniversário com Concerto de Natal

A Orquestra Sinfônica de Sergipe e seu Coro Sinfônico comemorarão seu aniversário em grande estilo. Em concerto natalino e com um desafiador repertório, o grupo sinfônico completará 30 anos de existência em Sergipe; já o Coro, composto de 60 vozes, atingirá o seu 10º ano de atividades em Aracaju. Os concertos serão realizados no Teatro Tobias Barreto, nos próximos dias 16 e 17 de dezembro, às 20h30, e os ingressos, a preços populares, já estão disponíveis para venda na bilheteria. A Orsse é uma realização da Secretaria de Estado da Cultura.

 

Concerto Comemorativo

 

A regência do concerto estará a cargo do maestro Guilherme Mannis, que desde 2006 é o diretor artístico e regente titular da orquestra, e a apresentação ainda contará com excepcionais solistas, dentre os quais destacam-se o maestro Daniel Freire, regente do coro e pianista, e a soprano Nalini Menezes.

 

Para tal celebração um eclético e desafiador repertório foi selecionado. Peças natalinas como “Noite Feliz” e “AdesteFideles” serão apresentadas após miniaturas da Suíte “O Quebra Nozes” de Tchaikovsky. Excertos do oratório “O Messias”, tais como o “Aleluia” e o “GlorytoGod”, também estarão presentes, bem como um belo arranjo da trilha “The Ecstasy of Gold” de EnnioMorricone, para soprano, coro e orquestra.

 

O destaque do concerto, contudo, será a realização da “Fantasia Coral op.80”, de Beethoven. Composta para piano, seis cantores solistas, coro e orquestra, a obra consiste em um arrebatador mosaico musical da produção do compositor alemão, tratando-se claramente de um estudo para aquela que viria a ser a sua mais conhecida obra: a Nona Sinfonia. Daniel Freire ao piano, acompanhado de Nalini Menezes e de mais cinco cantores do Coro Sinfônico cuidadosamente preparados pela Profª. Verônica Santos (Ufba), serão os responsáveis pelas partes solistas.

 

Histórico artístico da Orsse

 

Criada em 1985, a Orquestra Sinfônica de Sergipe é hoje um dos mais relevantes grupos orquestrais do Brasil. É sediada no Teatro Tobias Barreto e oferece desde 2007 temporadas anuais e regulares de concertos, proporcionando ao público sergipano música de erudita de alto nível. É composta atualmente por cerca de sessenta músicos – sergipanos, de outros estados da federação e também de outros países – e corpo administrativo empenhados em manter um produtivo polo de música de concerto na região Nordeste do Brasil.

 

Nos últimos dez anos, decisivos para a consolidação do grupo junto à sociedade, destacaram-se,sob o comando do maestro Guilherme Mannis, projetos importantes como as “Temporadas Anuais de Concertos”, “Sinfonia do Saber”, de formação de plateias, em que jovens de escolas públicas vêm aos ensaios da ORSSE para um concerto didático, “Domingo no Parque”, que consiste em apresentações mensais no Parque da Sementeira, “Orquestra na Estrada”, com concertos no interior do estado, “Difusão da Música Brasileira e Contemporânea”, “Turnê Brasil”, “Gravação de Música Brasileira”, entre outros. Seu Coro Sinfônico, composto atualmente de 70 vozes e regido pelo maestro Daniel Freire, completa neste ano,por sua vez, 10 anos de excelentes realizações junto à Orquestra.

 

Entre os solistas que visitaram a ORSSE destacam-se Maria João Pires, Nelson Freire, Michel Legrand, Amaral Vieira, Ricardo Castro, Eduardo Monteiro, Francis Hime, Emmanuele Baldini, Daniel Guedes, Wagner Tiso, TamilaSalimdjanova, entre tantos, além dos maestros Isaac Karabtchevsky, Luiz Malheiro, PiotrBorkowski, Roberto Tibiriçá, entre outros.

 

Entre as realizações artísticas mais relevantes, destacam-se a realização das óperas La Bohème, Aida e Tosca, a gravação do CD Cinquentenário Villa-Lobos, a integral das sinfonias de Beethoven, Tchaikovsky, Schumann e Brahms, a execução de quase a totalidade das obras básicas do repertório sinfônico, a realização de grandes obras sinfônico-corais como “O Messias” de Händel, “Carmina Burana”, de Orff, Fantasia Coral de Beethoven, “Nänie”, de Brahms, “Requiem e Missa da Coroação”, de Mozart, a execução de inúmeros concertos para instrumentos solistas. Em relação à música brasileira, além do tradicional repertório (Villa-Lobos, Guarnieri, Nepomuceno, entre outros), foram realizadas e executadas inúmeras estreias mundiais, dentre as quais destacam-se “Boa noite, meus senhores”, de André Mehmari sobre inspiração sergipana, e “Cinco canções sobre poemas de Tobias Barreto”, de Cláudio de Freitas. Em relação à música popular, grandes concertos se destacaram, como a colaboração com artistas da música popular brasileira bem como artistas de importante produção local. Entre as viagens da orquestra, destacam-se a “Turnê Brasil” de 2009, com a realização de concertos no Teatro Guaíra (Curitiba), Sala Cecília Meireles (Rio de Janeiro), Teatro Nacional Cláudio Santoro (Brasília), e Sala São Paulo (São Paulo), com sucesso de crítica e público, e a viagem de 2010 para a inédita participação no Festival de Inverno de Campos do Jordão.

 

Em relação aos maestros, a Orsse foi criada em 1985 por Rivaldo Dantas, e possuiu também a regência de Gledson Carvalho e IonBressan. Em 2006, visando à sua reestruturação artística, a convite do então secretário de cultura José Carlos Teixeira, assumiu a sua direção o maestro paulistano Guilherme Mannis, com a exitosa missão de inseri-la no cenário erudito nacional. Teve como assistentes a maestrina Aline Costa (2006), James Bertisch (2008-2009) e Daniel Nery (2010-2015).

Você pode querer ler também