ARACAJU/SE, 6 de julho de 2025 , 23:21:53

Exigência de visto: taxa vai aumentar mais de 100% para turistas da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos e do Japão a partir de abril

 

O visto para a entrada no Brasil terá uma taxa de 102% mais alta a partir de 10 de abril. O documento valerá para os turistas da Austrália, do Canadá, dos Estados Unidos e do Japão. O valor vai custar US$ 80,90 (cerca de R$ 400), segundo o Ministério das Relações Exteriores.

Até 2019, quando a exigência para essas nacionalidades foi suspensa, o documento custava US$ 40 (cerca de R$ 200), como informou o portal R7.

No entanto, a quantia que o Brasil cobra para receber os turistas estrangeiros é ainda menor que os custos cobrados pelo Canadá e pelos EUA para visitantes brasileiros. Veja a relação abaixo:

– Visto dos EUA para brasileiros: US$ 185, cerca de R$ 900;

– Visto do Canadá para brasileiros: C$ 100, cerca de R$ 365;

– Visto do Japão para brasileiros, para viagens que passam de 90 dias: R$ 111;

– Visto da Austrália para brasileiros: AU$ 20, cerca de R$ 65.

Exigência de visto foi retomada no governo Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que retoma o visto em maio de 2023, mas a vigência tinha sido prorrogada para a última quarta-feira (10). Houve um segundo adiamento para 10 de abril, quando, em tese, a nova taxa valerá.

Em março de 2019, Jair Bolsonaro assinou o decreto nº 9.731, que eliminava a necessidade de visto para os turistas da Austrália, do Canadá, dos EUA e do Japão. A medida entrou em vigor no mês de junho daquele ano.

Segundo informações da Polícia Federal, do Ministério do Turismo e da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), mais de 750 mil visitantes dessas nacionalidades vieram ao Brasil em 2023.

Foram 600 mil visitantes dos EUA, a segunda maior quantidade no ano — atrás apenas da Argentina, com 1,7 milhão. O Canadá é o 15º na lista de turistas, com 75 mil. A Austrália está em 18º, com 42 mil visitantes, e o Japão, com 38 mil turistas, em 20º lugar.

Bolsonaro havia tomado uma decisão unilateral, isto é, houve a liberação dos vistos para esses países — ação que não foi recíproca. Contudo, na época, o portal g1 informou que o Ministério do Turismo do então governo de Bolsonaro afirmou que a decisão não prejudicaria o “princípio da reciprocidade”. Isso porque, segundo a pasta, a dispensa do visto tinha como objetivo incentivar a geração de emprego e renda no Brasil. Conforme argumento do ministério da gestão Bolsonaro, a isenção do visto era, também, uma forma de “estreitar as relações” com aqueles países.

Fonte: Revista Oeste

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