ARACAJU/SE, 30 de abril de 2024 , 9:30:22

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Nas duas primeiras semanas de abril, real desvaloriza mais que o peso argentino ante o dólar

 

O real brasileiro iniciou as duas primeiras semanas de abril com desvalorização quase três vezes maior do que o peso argentino ante o dólar. De 1° a 15 de abril, a moeda brasileira teve perda de 3,59% diante do dólar, enquanto o peso argentino desvalorizou 1,3%.

Em 1° de abril, a cotação do dólar estava em R$ 5,01. Já no fechamento do mercado na segunda-feira (15), a moeda norte-americana subiu para R$ 5,19. E seguiu em alta, pois nessa terça-feira (16), a moeda norte-americana encerrou o dia sendo negociada a R$ 5,27.

Ao considerar o valor de segunda-feira (15), o dólar teve uma valorização de 1,24% frente ao real e chegou ao maior valor desde 27 de março de 2023, recorde que subiu nessa terça-feira (16).

O peso argentino se desvalorizou frente ao dólar em proporção bem menor do que o real. Na abertura do mercado em 1° de abril, um dólar valia 857,12 pesos. No encerramento da cotação de segunda-feira (15), uma unidade da moeda americana valia 868,25 pesos.

A partir desses resultados, o real acumula desvalorização de 1,11% na semana e 5,54% no ano. Na cotação do dólar, um peso argentino equivale a US$ 0,0012. Apesar da inflação no país dos últimos anos, a moeda tem um mês significativamente melhor que a brasileira.

Para os economistas, há duas razões que explicam a queda da moeda brasileira frente à da Argentina. A primeira delas seria o temor sobre as contas públicas brasileiras.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo terá meta de déficit zero em 2025, o que indica um afrouxamento do superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) anunciado em 2023 e um adiamento do ajuste fiscal para o ano seguinte.

Outro fator que desestabilizou o mercado é a possível resposta de Israel depois do ataque do Irã. Na avaliação dos economistas, caso isso ocorra, os preços do petróleo vão subir e pressionar a inflação nos Estados Unidos. Isso faz com que haja uma possível fuga de investidores para o dólar, consequentemente desvalorizando o real.

Fonte: Revista Oeste

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