O governo federal lançou, nessa segunda-feira (16), o Cartão MEI, exclusivo para o microempreendedor Individual (MEI). O novo cartão servirá como crédito e débito, com vantagens como anuidade zero, plataformas de engajamento e capacitação. Em princípio, só o Banco do Brasil vai oferecer o produto, mas outros bancos poderão aderir à iniciativa.
Além de parcelamento de compras, o cartão deve facilitar o controle financeiro e o fluxo de caixa dos pequenos negócios. O produto também pode ser usado no pagamento de contas, com o parcelamento de faturas, o que pode auxiliar na organização e no equilíbrio das finanças dos empreendedores.
A medida é para apoiar o segmento dos MEIs. Segundo o governo, deverá incentivar a formalização, facilitar operações comerciais e contribuir para a sustentabilidade dos pequenos negócios.
O cartão vem personalizado com nova logomarca exclusiva MEI, além de QR Code que redireciona ao Portal do Empreendedor (gov.br/mei).
No evento de lançamento nessa segunda-feira, em Brasília, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, disse que o novo produto vai ajudar na formalidade do setor. “Esses empreendedores são responsáveis hoje por 70% dos empregos gerados no ano passado e neste ano”, destacou o ministro.
Para ele, o Cartão MEI também dará dignidade aos microempreendedores, pois será uma forma de identificação de seu registro e atuação regularizada, especialmente daqueles que vivem do comércio nas ruas. “A pessoa vai ter a chance de mostrar o seu cartão e vai ser reconhecido”, acrescentou.
O Brasil registrou 14,6 milhões de trabalhadores MEIs, em 2022, uma alta de 11,4% em relação ao ano anterior, quando tinha 13,1 milhões. Os dados são da pesquisa Estatísticas dos Cadastros de Microempreendedores Individuais 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, mais da metade (51,5%) dos MEIs atua na área de serviços. O setor compreende 7,5 milhões de microempreendedores individuais.
O comércio é o segundo setor mais representativo, com 4,1 milhões ou 28,2% do total. O terceiro lugar é da indústria, com 1,53 milhão ou 10,6% do total, seguido pela construção, com 1,36 milhão e 9,4% do total.
Fonte: R7