Conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal, o secretário municipal da Fazenda, Jair Araújo, compareceu à Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta quinta-feira (10), para apresentar a projeção das contas públicas referentes ao segundo quadrimestre de 2015. Na ocasião, ele fez alguns comparativos e previsões de alguns cenários para o orçamento de 2016.
De acordo com o secretário, alguns ajustes ainda serão feitos, levando em consideração que os dados apresentados são referentes apenas ao segundo quadrimestre. "Nós não estamos isolados e vivemos hoje uma crise sistêmica. Aliás, são duas crises se retroalimentando. Uma crise é política, com uma instabilidade muito grande neste momento que, seguramente, não tem permitido que a economia mostre sinais de recuperação rapidamente", destacou logo no início da sessão.
Ressaltando a fase difícil em que a administração municipal tem vivido um verdadeiro desafio para controlar as contas da capital, Jair Araújo não falou apenas das dificuldades, mas também apontou esperança para o ano que vem. "Após o recesso da Câmara, apresentaremos os resultados deste final de ano com o desejo que dias melhores cheguem, mesmo sabendo que a situação do país não voltará ao controle tão rapidamente", afirmou.
Através de slides, o secretário da Fazenda mostrou o quadro de todas as despesas, metas e orçamentos dos meses de maio, junho, julho e agosto de 2015. Segundo ele, o orçamento de 1 bilhão e 6 milhões, com receita prevista em 1 bilhão 612 milhões e, nesse período nós conseguimos arrecadar 61,9% do que estava planejado. E as despesas liquidadas chegaram ao valor de 1 bilhão e 58 milhões, representando 58,19% até agosto", explanou ao dizer ainda, com relação às metas fiscais, que, em função da frustração da economia, os resultados poderiam ser revertidos se tivesse condição de mais investimento.
Durante o ano de 2015, uma das preocupações da administração municipal tem a ver com o pagamento do servidor, este que vem sentindo os efeitos da crise que a Prefeitura de Aracaju tanta contornar. "Nós tivemos alguns percalços, a exemplo do que vem sendo feito desde junho, no tocante a folha de pagamento. Estamos entrando no mês subsequente para que a gente possa cumprir toda a folha. A crise econômica e a frustração de algumas receitas fizeram com que a gente tivesse que rever tudo o que planejamos", lamentou.