ARACAJU/SE, 26 de abril de 2024 , 6:53:21

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Sergipe é o estado do Nordeste que menos desempregou em junho, aponta Caged

 

Dentre os nove estados que compõem a região Nordeste do Brasil, Sergipe foi o que o desemprego menos avançou no mês de junho deste ano. O comportamento do emprego formal no mês que encerra o primeiro semestre foi de queda de -149 vagas em todas as atividades da economia.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), estudados pela Fecomércio, Sergipe ficou atrás dos dois estados que registraram elevação no número de empregos, Maranhão e Ceará, ocupando a terceira posição, sendo o primeiro dos estados restantes, Piauí, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia. Em termos território-proporcionais, Sergipe sofreu menos desligamentos. Alagoas, estado com similar situação territorial, sofreu queda de -1.646 postos de trabalho. O pior desempenho da região Nordeste foi do estado da Bahia, que registrou -9.124 trabalhadores.

O saldo de empregos no Comércio e Serviços em Sergipe foi de -354, sendo -204 no Comércio e -150 no setor de serviços. O setor que liderou o volume de baixas nos postos de trabalho, mais uma vez, foi a Indústria de Transformação, que sofreu redução de -242 vagas. O Comércio Varejista demitiu -165 trabalhadores e o atacadista registrou -39 vagas. No setor de Serviços, o ramo de administração de imóveis foi o que mais demitiu, com -205 vagas. Os serviços terceirizáveis registraram alta de +137 novos trabalhadores, diminuindo o impacto no setor. Já a Agropecuária começa a se recuperar e registra um saldo positivo de +614 trabalhadores no mês de junho.

No período corrido dos seis primeiros meses do ano, Sergipe mantém um saldo negativo de -6.176 postos de trabalho. A setor de Agropecuária mantém a liderança, com -3.423 vagas, a Indústria segue em segundo com -1.174 trabalhadores, o comércio fechou o semestre com -882 trabalhadores, a Construção Civil fecha o período com -704 vagas e a Administração Pública teve -141 baixas. Já os setores de Serviços Industriais de Utilidade Pública e Serviços fecharam o semestre em saldo postivo, com +147 e +114 vagas, respectivamente.

O comportamento do emprego formal no setor de serviços, no mês de junho, apresentou saldo negativo (-150). Este foi o segundo mês que o setor apresentou fechamento de postos de trabalho. No ano, o saldo de empregos é positivo, com +114 postos de trabalho criados e em 12 meses +1.881.

O setor do comércio voltou a apresentar saldo negativo na geração de postos de trabalho. Em junho, foram desligados 204 trabalhadores. No ano, o comércio já acumula um saldo negativo de -882 postos de trabalhos fechados e em 12 meses já são -1.373 trabalhadores desempregados no comércio.

O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), mostra que em junho houve uma variação positiva de 0,6% em relação ao mês de maio, apesar do índice mostrar que a intenção de confiança dos empresários apresenta resultados negativos ao longo do ano, com quedas recorde nas vendas em 2015 e níveis de estoque elevados.

Fatores 

 

Para o presidente da Fecomércio-SE, Laércio Oliveira, a alta da inflação, a queda da renda familiar e o receio da população em efetuar compras, estremecendo o volume de vendas, são os principais fatores que levaram à retração no número de empregos em Sergipe.

“Com a inflação alta, o país fica mais caro, a renda das famílias diminui e estas passam a consumir menos, afetando assim o volume de vendas no Comércio. A desaceleração da economia já afetou o setor de serviços, que até então era o grande gerador de mão de obra. São vários indicadores ruins”, comentou.

Laércio, entretanto, acredita que o quadro não está tão desanimador quanto antes. O presidente da Fecomércio acredita que as ações que estão sendo tomadas para garantir a preservação dos empregos, em nível macroeconômico e as intenções da federação em desenvolver medidas que estimulem o comércio e garantam a proteção dos empregos, podem ajudar a reverter o quadro atual.

“A situação é ruim, no entanto, dias melhores virão. O Governo Federal lançou o Programa de Proteção ao Emprego, para impedir a desaceleração no mercado de trabalho. A medida é vista como positiva para a Fecomércio, pois evitará a perda de postos de trabalhadores. A Fecomércio está também trabalhando para realizar ações e enfrentar a crise econômica que está afetando os negócios em Sergipe”, ponderou o presidente.

 

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