ARACAJU/SE, 26 de julho de 2024 , 21:00:42

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Tesouro Nacional: emissão da dívida pública federal em janeiro foi a maior para o mês na série histórica

 

O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges, afirmou que a emissão da dívida pública federal (DPF) em janeiro, no valor de R$ 185,34 bilhões, foi a maior para o mês na série histórica do Tesouro Nacional.

“Janeiro foi um mês superlativo, tivemos emissão de R$ 185 bilhões. Essa foi a maior emissão em termos nominais da história para o mês de janeiro”, afirmou Borges, em coletiva de imprensa para comentar o resultado da DPF de janeiro.

Ele destacou, ainda, o vencimento de R$ 317 bilhões registrado em janeiro, o que levou a um resgate líquido de R$ 132,07 bilhões da DPF no mês passado.

Ainda segundo Borges, o destaque do mês passado foram as emissões de títulos com taxas flutuantes e a emissão externa.

Ele explicou, ainda, que a redução no percentual de pré-fixados na DPF foi fundamentalmente causada pelo vencimento focado nesse tipo de título público. “Demais componentes apresentaram alta por causa das emissões”, afirmou o coordenador.

Borges ressaltou também que os dados observados em janeiro estão todos dentro das bandas do PAF, com exceção de pré-fixados. “Indicadores do PAF balizam fechamento do ano. Esse movimento (pré-fixados fora das bandas) era esperado”, comentou.

Ainda segundo Borges, apesar de deterioração do CDS (credit default swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil, houve melhora de participação de não residentes em janeiro na dívida pública federal. “Esse movimento denota que a percepção de risco do país está favorável”, disse em coletiva de imprensa para comentar o resultado da dívida pública em janeiro.

Ele explicou que a queda do percentual vincendo em 12 meses da dívida também pode ser explicada pelo volume de vencimentos no mês passado. Já o aumento do prazo médio foi “fundamentalmente por causa das emissões do mês”.

Ele também destacou que o Tesouro tem obserrvado uma queda do custo médio das emissões. “Todos esses dados estão dentro dos parâmetros do PAF”, disse, ao se referir ao Plano Anual de Financiamento da dívida pública federal.

Em relação à redução da reserva de liquidez, o coordenador explicou que foi causada pelo resgate líquido e pelo pagamento de encargos ao Banco Central (BC). Apesar da redução, destacou, o colchão está bastante acima do nível prudencial de três meses. “O Índice de liquidez tende a cair no começo do ano e se recuperar ao longo do ano. Tudo está bem dentro do esperado”, disse.

Ele acrescentou que o Tesouro vem observando redução dos riscos em fevereiro.

Fonte: Valor Econômico

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