Da redação, AJN1
Na manhã desta sexta-feira (13), professores municipais e membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) levaram ao presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SE), conselheiro Clóvis Barbosa, um mapeamento das prefeituras municipais que estariam atrasando corriqueiramente os salários.
Ao transcorrer da reunião, os professores elencaram 34 municípios que estariam com essa prática. A lista contém casos intrigantes, que vão desde atraso no pagamento do mês de abril a municípios que pretendem parcelar em até 8 vezes os salários da classe.
O representante do Sintese, Uilson Hora Meneses, fez questão de pedir ajuda ao presidente do TCE para que sejam instaladas auditorias.
“Estamos solicitando socorro, pedindo uma medida cautelar que solucione esse problema e coloque o pagamento dos professores em dia. Alguns desses 34 municípios não pagam em dia os salários dos servidores mas estão preparando festa junina, a exemplo de Laranjeiras. Com relação a Lagarto, ainda não pagou o mês de abril. Apresentamos aqui os documentos provando o ocorrido e vamos protocolar a denúncia”, denunciou o sindicalista.
Para o presidente Clóvis Barbosa, as prefeituras não podem deixar de pagar os salários dos docentes em detrimento de festas juninas. “Nós recebemos diuturnamente denúncias contra municípios a respeito do tratamento que é dado aos professores. Vários municípios continuam atrasando as folhas de pagamento e alguns, inclusive, já estão planejando festas de São João. Isso é um acinte a uma deliberação do Tribunal que não permite qualquer tipo de festividade quando os salários dos servidores estiverem atrasados”.
Auditorias completas
Na reunião, Clóvis assegurou que haverá uma auditoria completa em 75 municípios sobre os estados das escolas. “Estamos preparando ações junto a Procuradoria Eleitoral e com os Ministérios Públicos Federal e Estadual para que se compartilhe informações de atitudes de alguns prefeitos. Estamos em ano eleitoral e alguns deles estão tentando driblar a legislação contratando cargos em comissão, em algumas ocasiões, como verdadeiros cabos eleitorais”.