Professores e demais servidores da educação do município de Estância decidiram durante assembleia unifica entrar em greve por tempo indeterminado. A deliberação foi feita após a secretária municipal de educação, Maria José dos Santos, colocar que não havia condições de prefeitura pagar o salário de outubro no dia 30/10 a todos os servidores da pasta. Além disso, a secretária teria proposto a categoria o parcelamento dos salários dos servidores, onde alguns receberiam o salário de outubro no dia 30/10 e os demais no dia 11/11.
“Novamente o prefeito quer subdividir as categorias de trabalhadores da educação, nos pagando em datas distintas. Esta é uma clara ação que visa colocar trabalhador contra trabalhador e desunir as categorias, mas não vamos aceitar esta crueldade. Durante a nossa assembleia decidimos que iremos manter a greve até que todos os servidores da educação (professores, motoristas, merendeiras, porteiros, auxiliares administrativos, executores de serviços básicos) recebam os seus salários. Permaneceremos unidos na luta por nossos direitos”, afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) e professora da rede municipal de Estância, Leila Angélica.
No último dia 27, professores e servidores da educação, representados pelos seus respectivos sindicatos SINTESE e SINDISEME, se reuniram em audiência com o prefeito de Estância, Carlos Magno. No encontro, explica a assessoria de comuniação do Sintese, o gestor teria se comprometido a dar uma resposta às categorias sobre o recebimento de salário dentro do mês trabalhado.
A assessoria informou ainda que o prefeirto teria garantido a categoria que o pagamento das férias de junho de 2015 dos professores aconteceria na quarta-feira, 28, o que de fato não ocorreu.
Greve unificada
Em nota, o Sintese endureceu as críticas direcionadas a prefeitura e, principalmente, ao prefeito Carlos Magno, alegando que o gestor adota uma postura de desprezo diante dos servidores da educação do município.
"O prefeito paga aos servidores de todas as secretarias normalmente, mas quando é a vez da educação os salários são pagos com atraso. Além de pagar fora do mês trabalhado, a prefeitura divide os trabalhadores da secretaria de educação, paga alguns no dia 30 e os demais entre os dias 10 e 11 [ do mês subsequente]", reclama a categoria.
Alimentação escolar e limpeza
O Sintese denuncia ainda que o cardápio estabelecido para a alimentação escolar das unidades de ensino de Estância é inadequado, composto por alimentos de baixo teor nutricional, e que descumprem o estabelecido pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar. Em algumas escolas a alimentação se quer estaria sendo servida.
Outro ponto denunciado pelo sindicato é a falta de materiais básicos para limpeza, e que o fato tem prejudicado a higienização de salas de aula, banheiros e espaços comuns das unidades de ensino.